Consciência Negra

Dia 20 de novembro, terça-feira, é o Dia da Consciência Negra. Uma data que mais do que nunca precisa ser entendida não como um feriado, uma comemoração, mas sim um dia destinado ao debate de um passado triste que gera reflexos profundos na sociedade brasileira.

Se em Vargem Grande do Sul muitas pessoas acreditam que vivem em uma comunidade mais igual e menos preconceituosa, basta um exercício mínimo de consciência para encontrar em frases prontas, em supostas brincadeiras a marca profunda do racismo.

Em todo país, o negro é a maior vítima de mortes violentas. Divulgado no último mês de junho, o Atlas da Violência, estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostrou o perfil das 62,5 mil pessoas assassinadas no Brasil em 2016.  Conforme o levantamento, a taxa de homicídios de negros em 2016 no Brasil foi de 40,2, enquanto a de não negros (brancos, amarelos e indígenas) ficou em 16 por 100 mil habitantes.

A diferença, que se acentuou em relação aos anos anteriores, faz com que, em alguns Estados do país, a população negra conviva com taxas semelhantes as de países mais violentos do mundo, enquanto a baixa quantidade de assassinatos de brancos seja equivalente a de países desenvolvidos.

Além da violência, há a questão da diferença de rendimentos, de escolaridade, de acesso à saúde. Esses são motivos que fazem com que a data seja cada vez mais necessária. É imprescindível combater o preconceito, o racismo, com muita informação, como muitas ações afirmativas e sempre tendo em mente o horror que foi a escravidão. Esta ferida ainda está aberta na sociedade e só começará a cicatrizar quando apenas o fato de ser negro, não for mais um fator de risco à vida.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui