Vereadores aprovam reajuste a servidores

Os servidores públicos municipais terão uma revisão salarial de 3,89%, conforme o projeto de lei de autoria da prefeitura, aprovado pelos vereadores na sessão realizada na última segunda-feira, dia 18. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais informou que continua pleiteando um ganho real nos vencimentos, além do reajuste no auxílio-alimentação em mais R$ 100,00.

De acordo com o projeto aprovado por unanimidade, o percentual se refere à inflação aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) entre março de 2018 e fevereiro de 2019. O reajuste será aplicado a partir da folha de pagamento de março de 2019 a todos os servidores públicos ativos da prefeitura, poder Legislativo e também inativos e pensionistas com direito à paridade.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM) informou que os servidores continuam reivindicando um ganho real nos vencimentos, além da recomposição com as perdas geradas pela inflação. Pedem ainda o aumento do auxílio alimentação, de R$ 300,00 para R$ 400,00. O último aumento no benefício foi em 2016. O auxílio não incide na folha de pagamento, ou seja, não irá influenciar nos limites de gasto com pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal.

De acordo com o SSPM, a prefeitura já teria sinalizado com a possibilidade de conceder um aumento real e também com o reajuste no auxílio. No entanto, em resposta ao Sindicato,  o Executivo ressaltou que aguarda a concretização do parcelamento de precatórios, que este ano soma R$ 4 milhões, para poder viabilizar estes aumentos.

Aumento do subsídio dos vereadores gera debate

O projeto de Lei nº 27, de autoria da Mesa Diretora da Câmara, que autoriza a revisão do subsídio dos vereadores em 3,89%, conforme inflação medida no período, gerou debate entre os membros do Legislativo na última sessão, realizada na segunda-feira, dia 18.

Ao se declarar contra o reajuste, o vereador Serginho da Farmácia (PSDB) afirmou que este era o mesmo percentual dado aos servidores que deveriam ter recebido um percentual maior. Disse ainda que cada vereador tem a liberdade para votar como deseja e lembrou que no ano passado já havia se posicionado contra o aumento.

O presidente da Casa, Felipe Gadiani (MDB) lembrou que os vereadores não recebem salários e sim um subsídio e que a revisão pela inflação era prevista em lei.

Já o vereador Fernando Corretor (PRB) foi mais contundente em seu posicionamento e questionou Serginho se o aumento que ele ganhou no ano passado mesmo tendo votado contra, foi doado a alguma entidade ou se ficou com o vereador, afirmando que o voto contrário de Serginho seria politicagem.

Em resposta, Serginho afirmou que costuma fazer doações do próprio bolso e que não precisa dar satisfação sobre como emprega os seus recursos.

Zé Luís da Prefeitura, que também votou contra o reajuste, ressaltou que cada vereador tem seu modo de trabalhar e suas ideologias. Disse ainda que o subsídio para esta Legislatura tinha sido definido pela Câmara anterior.

Alex Mineli (PRB) elogiou a postura de Fernando e disse que “o Brasil precisa de menos demagogia e mais política”, lembrando que a população pode pensar ser demagogia votar contra o reajuste e não dar satisfação sobre como irá empregar o aumento que vai receber. Gabé (PTB) também se posicionou dizendo que o trabalho do vereador é muito importante e precisa ser valorizado, uma vez que os que ali estão, representam a população.

O reajuste dos vereadores foi aprovado pela maioria, com votos contrários de Serginho, Zé Luís e Guilherme Nicolau (MDB).

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