Endividamentos e renegociação

Em maio, a revista Exame divulgou um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontando o alto endividamento das famílias brasileiras. Segundo os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), em abril, o percentual de famílias brasileiras endividadas alcançou 62,7%.

Também houve aumento do número de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso. Passou de 9,4% para 9,5%.

Ainda de acordo com a pesquisa, o cartão de crédito é o principal responsável pelas dívidas. Foi apontado por 77,6% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 15,3%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 10,0%.

Dados recentes da Serasa Experian divulgou que o número de brasileiros inadimplentes bateu novo recorde no mês de abril, chegando a 63,2 milhões de pessoas.

Em Vargem Grande do Sul, o endividamento das famílias não deve fugir da realidade nacional. E uma das maneiras de buscar uma saída para o ciclo da inadimplência é uma severa disciplina financeira. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, é preciso traçar um planejamento, negociar e pagar as dívidas, sem deixar de lado o principal: mudar hábitos e comportamentos que o levaram a esta situação.

Uma das oportunidades é a campanha Você no Azul, da Caixa Econômica Federal, que está negociando dívidas de clientes em todo o país. Segundo informações do banco, somente em Vargem, cerca de 600 pessoas poderão se beneficiar das condições oferecidas para parcelar ou quitar o débito de uma vez.

A prefeitura também mantém um Programa de Refinanciamento de Dívidas (Refis) para os contribuintes em dívida com a municipalidade. A medida conseguiu recuperar boa parte dos tributos que estavam em aberto. Ainda assim, até 31 de dezembro de 2018 a dívida ativa da Prefeitura Municipal totalizou mais de R$ 22 milhões e a do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE) na cidade, ultrapassou R$ 5 milhões.

O momento é de muita cautela, pois além do endividamento das famílias que está aumentando, a economia nacional segue estagnada, com desemprego atingindo mais de 13 milhões no País e queda na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019, de 2,2% para 1,5%. Ao que tudo indica, 2019 será ainda um ano muito difícil para o bolso dos brasileiros.

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