Incêndios na área rural de Vargem preocupa Defesa Civil

GCM combate chamas ao lado do Jardim Itália. Foto: CGM

Na zona urbana, após a implementação da lei de mato seco, o número de incêndios caiu 60%

Embora setembro tenha começado com chuva, as queimadas em terrenos foram um problema em Vargem Grande do Sul em agosto. A estiagem junto ao acúmulo de matéria seca se tornam ideais para a propagação das chamas nessa época do ano.

A Defesa Civil, através da Guarda Civil Municipal (GCM) combateu diversos incêndios durante agosto e nos primeiros dias de setembro. De acordo com o subcomandante da GCM e coordenador da Defesa Civil, Rogério Bocamino, no mês passado foram atendidos 36 chamados. Rogério informou que alguns destes incêndios foram de grandes proporções o que necessitou de muitas horas de trabalho para ser combatido.

De acordo com ele, isso ocorre, pois nesta época do ano, devido à falta de chuvas e a baixa umidade do ar, a vegetação está seca e o fogo se propaga mais rápido.

Segundo Rogério, a fumaça produzida pode agravar problemas de saúde, principalmente os relacionados ao trato respiratório, além do risco de acidentes quando o fogo é na beira das rodovias e avenidas, pois a fumaça prejudica a visibilidade. Há também problemas ambientais, como morte de animais e o aquecimento gerado.

Incêndios em fazendas

Na segunda-feira, dia 26, um incêndio de grande proporção atingiu os pastos de duas fazendas do município. De acordo com a GCM, o terreno era de difícil acesso para o caminhão pipa, portanto foi realizado monitoramento e resfriamento das margens da estrada de terra para que o fogo não se espalhasse para outras fazendas, até que o foco de incêndio pudesse ser totalmente apagado. Outros pontos foram apagados na terça-feira, dia 27, e na quinta-feira, dia 28, também em fazendas.

A Gazeta de Vargem Grande também teve acesso a um boletim de ocorrência de dois incêndios realizados na Fazenda São João, no dia 11 de agosto e dia 17 de agosto. O primeiro incêndio consumiu uma área de três alqueires de cultivo de cana para alimentação do rebanho. O segundo foco queimou um talhão de dois alqueires, parte da cerca e parte da plantação de eucalipto existente no local.

Audiência Pública

Durante a Audiência Pública sobre Segurança que aconteceu no dia 29 de agosto, na Câmara Municipal, o subcomandante da GCM e coordenador da Defesa Civil, Rogério Bocamino, pontuou que desde que entrou em vigor a lei que dispõe sobre a limpeza de terrenos no município, o número de queimadas na zona urbana caiu em 60%. No entanto, embora os números ainda sejam preocupantes pela fumaça e fuligem, que além de matar animais e prejudicar o meio ambiente, também prejudica a saúde das pessoas, o problema atual se concentra na área rural.

Segundo ele, o número de acidentes se intensificou, talvez pelo ar seco que deixa o mato mais seco, e se a Defesa Civil não atende a esses chamados, não há quem atenda. “Nós preferimos deslocar um caminhão da Guarda até lá e conter o fogo, do que deslocar o resgate depois para atender a um acidente”, disse.

Além disso, Rogério ainda citou que muitos proprietários fazem uso do fogo para manejo de pastagem, apesar de ser uma prática não recomendada. De acordo com ele, a criação da Patrulha Rural não será apenas para a segurança, e sim para também tratar de assuntos como incêndios e preservação ambiental, sendo muito importante também para o auxílio aos produtores, principalmente de pequeno porte.

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