Estudo mostra incidência de larvas do mosquito aedes na região

Aedes aegypti transmite dengue, febre amarela, zika e chikungunya. Foto: Reprodução Internet

Casa Branca é a única cidade da região que está em alerta

Balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) apontou que Casa Branca é a única cidade da região que está em alerta. Por enquanto, Vargem Grande do Sul está fora de perigo.

O estudo mostrou que em cada residência da região de São João da Boa Vista existe, em média, ao menos 1,1 foco do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya. No Estado de São Paulo, a média sobe para 2.5 criadouros.

A pesquisa classificou os tipos de recipientes em depósitos elevados (sótãos); depósitos não elevados (porões); móveis (vasos de plantas, garrafa pet, potes plásticos); fixos (calhas, lajes, piscinas); pneus; passíveis de remoção (toldos, entulhos, sucatas) e os naturais (plantas, ocos de árvore, bambu, por exemplo).

A maior prevalência de larvas do Aedes é em recipientes móveis, chegando a 0,6 criadouro por casa vistoriada. Os depósitos elevados e não elevados, bem como os recipientes naturais e pneus apresentaram índices pouco expressivos, mas também é preciso manter atenção a esses locais, impedindo o acúmulo de água.

O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela Sucen entre os meses de julho e setembro, indica que dos 614 municípios que participaram do balanço, 489 apresentam situação satisfatória, 128 estão em alerta e sete municípios estão em situação de risco quanto à proliferação do mosquito. Das cidades da região, apenas Casa Branca está em alerta.

A pesquisa foi feita por profissionais da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). A classificação de um local como satisfatório, alerta ou risco é calculada com base no Índice de Infestação Predial (IIP). Esse indicador entomológico é calculado pelo número de recipientes com presença de larvas de Aedes aegypti em 100 imóveis pesquisados, sendo considerados satisfatórios aqueles com até 1; alerta, de 1 a 3,9; e risco, acima de 3,9.

Conforme diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde), o trabalho de campo para enfrentamento ao Aedes é responsabilidade dos municípios. O Governo do Estado dá suporte no diagnóstico (por meio do Instituto Adolfo Lutz) e em ações de treinamento e monitoramento, com apoio da Sucen.

Em Vargem

A Gazeta de Vargem Grande contatou a Prefeitura Municipal para saber qual o dado obtido por Vargem no levantamento. A prefeitura informou que mantém constantemente o monitoramento do índice de Breaut (Lira), sendo realizado quatro vezes ao ano no município. De acordo com a prefeitura, o último realizado no mês de outubro teve o índice de 0,75. Este índice serve de parâmetro para promoções de ações e estratégias no combate as arboviroses.

Segundo a prefeitura, todos os dias são realizados o trabalho de combate a dengue em Vargem. São cerca de 60 agentes que realizam visitas diariamente às residências, realizando orientações, fiscalização, monitoramento e denúncias, e são 11 unidades de saúde espalhadas por toda a cidade que realizam esse trabalho.

O monitoramento, conforme o informado pela prefeitura, é realizado constantemente e agora, com a implantação do sistema informatizado, as informações e levantamento dos índices são realizados com agilidade.

Cenário epidemiológico

Em 2019, até 11 de novembro, foram notificados 390.654 casos de dengue, com 256 óbitos. Houve ainda 72 casos de zika e 280 de chikungunya, sem óbitos de ambas as doenças.

A dengue é uma doença sazonal, com oscilação de casos e aumento a cada três/quatro anos, em média. Em 2015, por exemplo, SP registrou recorde de infecções, com 709.445 casos e 513 óbitos. Devido a circulação do sorotipo 2 de dengue, neste ano, mesmo os pacientes que já tiveram dengue tipo 1, por exemplo, estão suscetíveis a infecções, o que contribui para o aumento de casos e até mesmo para a ocorrência de quadros clínicos mais graves.

Neste ano, dez cidades concentram 43,2% dos casos de dengue confirmados e somam 169.062 casos, sendo São José do Rio Preto (32.822), Campinas (26.246); Bauru (26.088), Araraquara (23.876), São Paulo (16.617); Ribeirão Preto (13.748), Birigui (7.916), Araçatuba (7.782), Presidente Prudente (7.584) e Guarulhos (6.383).

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