Campanha Amigos do Otávio

O sorridente Otávio junto a seus dinossauros de brinquedo. Foto: Arquivo Pessoal

Em um ato de amor e solidariedade, vargengrandenses se mobilizam para ajudar o sorridente Otávio a conseguir um doador de medula, através da Campanha Amigos do Otávio.

Otávio Henrique da Silva Picinato tem quatro anos de idade e faz tratamento contra a leucemia no Hospital Boldrini em Campinas. Filho de Ângela da Silva e Fábio Aparecido Picinato, ele foi diagnosticado com a doença quando tinha três anos e precisa ser submetido ao transplante de medula óssea.

À Gazeta de Vargem Grande, Ângela contou um pouco de como foi a descoberta que Otávio tinha leucemia e o que tem sido feito desde a confirmação do diagnóstico. Ela comentou que o Otávio sempre se consultava com o seu pediatra, o dr. Paulo Monteiro, e que quando ele começou a frequentar a escola passou a reclamar muito de cansaço pela manhã, ficava pálido e reclamava de dor na barriga. Eram feitos exames para descobrir o que o garotinho tinha, porém os resultados alegavam que ele não tinha nada ou que tinha apenas uma anemia.

No entanto, começaram a aparecer manchas roxas nas pernas e o pediatra desconfiou que poderia ser algum problema cardíaco e pediu mais exames para o menino. Ângela então comentou que buscou outro laboratório e os exames deram resultados alterados. Para sanar dúvidas, o pediatra pediu para que a família procurasse por um hematologista e na época, sem saber o que fazer, eles encontraram um médico na cidade vizinha, São João da Boa Vista. A família pagou pela consulta, porém não teve muito sucesso em descobrir o que Otávio tinha.

A cunhada de Ângela, Elen de Cássia Picinato, juntamente com a Ana Paula Faria Tapi, presidente da Associação de Apoio às Pessoas com Câncer Lucas Tapi, conseguiram uma consulta com o médico Amilcar Cardoso de Azevedo, do Hospital Boldrini, o qual conversou com o pediatra de Otávio e o encaminhou para o Boldrini. Lá ele fez vários exames, entre eles o mielograma que é feito extraindo material diretamente da medula, que resultou no diagnóstico de leucemia mileoide aguda.

Ângela comentou que a notícia sobre a doença foi terrível para sua família, pois é algo que nenhuma mãe queria ouvir. Após descobrir o que Otávio tinha, começou o tratamento com quimioterapia e a primeira não teve o sucesso desejado. No segundo bloco, dos cinco blocos de quimioterapia que Otávio precisava fazer, já foi alcançado um resultado melhor e assim, foram feitos os demais blocos da quimioterapia.

Recaída

No final de 2019, Otávio entrou na manutenção de seu tratamento, e durante esta fase, ele não precisava ficar internado, pois recebia  a quimioterapia injetável no ambulatório e também em comprimido. No entanto, não deu nem dois meses e o menino sofreu uma recaída, voltando a doença de Otávio. Neste momento, a família foi informada que teria que ser feito o  transplante de medula óssea, que o tratamento de Otávio continuaria sendo feito com as sessões de quimioterapia, mas que precisaria ser encontrado um doador 100% compatível com ele, o que é mais fácil de ser bem sucedido, e caso não fosse encontrado, a alternativa seria fazer o transplante com os pais sendo doadores, o que apresenta apenas 50% de chance de obter sucesso no procedimento, conforme contou Ângela.

A partir deste momento, começou a busca por um doador de medula compatível com Otávio. Sua mãe relatou que ele já fez dois blocos de quimioterapia para poder se submeter ao transplante, porém sem muito sucesso. Em seguida, os médicos tentaram fazer a quimioterapia e usar outro medicamento para tentar “limpar” a medula de Otávio, para que ele possa fazer o transplante.

Ângela ainda comentou que na época foi tudo muito difícil, pois ela começou a viver uma realidade que ela nunca imaginou em sua vida. Ela precisou deixar sua filha de 11 anos em Vargem com a família e ficar com Otávio em Campinas, onde permaneceram cerca de um ano sem poder voltar para a cidade. Mesmo tendo alta, eles ficavam em uma casa lá em Campinas. Ângela comentou que o tratamento é algo que deixa a família muito arrasada, mas que eles têm fé em Deus que irão conseguir um doador.

Campanha

Para auxiliar na localização de um doador compatível com Otávio, em parceria com a prefeitura municipal de Vargem Grande do Sul, a Associação de Apoio à Pessoa com Câncer Lupas Tapi e a Escola Dom Pedro está sendo a realizada a campanha para inscrição de possíveis doadores de medula.

Quem quiser participar da campanha, para se inscrever como doador é necessário estar em boas condições de saúde e ter entre 18 e 55 anos de idade. A Campanha Amigos do Otávio será no dia 11 de abril, das 9h30 até às 13h30 na escola Dom Pedro.

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