Caso dos R$ 127 mil ainda aguarda decisão da Justiça

O vereador Wilsinho Fermoselli (DEM) questionou o Executivo sobre a apuração da fraude dos R$ 127 mil

Passado cerca de um ano e quatro meses desde que aconteceram uma série de movimentações financeiras que provocaram a transferência de R$ 127 mil das contas da prefeitura de Vargem Grande do Sul para os criminosos que aplicaram o golpe nos cofres municipais – que segundo as investigações seria uma pessoa desconhecida agindo em nome do Banco Santander – o caso ainda não teve um desfecho e pelo que pode apurar o jornal, continua sendo investigado e o processo corre também na Justiça local.

Na última sessão de Câmara, o vereador Wilsinho Fermoselli-DEM voltou a questionar o Executivo sobre o caso durante o uso da palavra livre, dizendo que passado mais de um ano não tem ainda uma resposta para passar aos munícipes que cobram os vereadores sobre a situação.

Em entrevista ao jornal, o prefeito Amarildo Duzi Moraes-PSDB explicou que todas as medidas para solucionar o caso foram tomadas, como ter comunicado no dia o fato à Câmara Municipal; a notificação feita ao Banco Santander para relatar o que ocorreu; a determinação que fosse elaborado um Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil para investigação do ocorrido; a solicitação junto ao banco para anulação de todas as senhas; os dois servidores municipais que possuíam as senhas tiveram restrições impostas quanto a pagamentos realizados pela prefeitura, sendo as obrigações transferidas a outros funcionários e a abertura de um processo administrativo para apurar as responsabilidades.

“Finalmente, informamos o fato ao Ministério Público e entramos com uma ação de ressarcimento junto ao Banco Santander, cuja ação está aguardando decisão da Justiça local”, afirmou o prefeito. Ele disse ainda que tomou todas as providências necessárias com transparência, objetivando a recuperação dos recursos públicos e a penalização dos responsáveis.

O prefeito lembrou que no processo administrativo aberto, a Comissão entedeu de forma unânime que houve falha de segurança do Banco Santander e que está aguardando a decisão da Justiça para tomar as providências que o caso requer.

A fraude

No final do mês de outubro de 2018, através da conciliação bancária, o Departamento de Finanças da Prefeitura teve conhecimento de seis transferências do Banco Santander, feitas no mesmo dia, que totalizaram em torno de R$ 149 mil, sendo que efetivamente foram transferidos em torno de R$ 127 mil de três contas da municipalidade para contas desconhecidas do mesmo banco, em Brasília (DF).

Conforme matéria publicada pelo jornal Gazeta de Vargem Grande na época, uma servidora da tesouraria teria sido contatada por uma pessoa que se dizia funcionária do Banco Santander e teria solicitado adequações no sistema, sendo que em nenhum momento foi feito qualquer transferência ou pagamento de valores entre as referidas contas neste dia, segundo informou a servidora.

Segundo a prefeitura na ocasião, a própria servidora tomou iniciativa de relatar os fatos e se colocou a disposição para esclarecer a ocorrência e se declarou vítima de um furto qualificado, mediante fraude.

Santander

Também na época, a Gazeta procurou o Santander, questionando detalhes das transferências e medidas adotadas pela instituição sobre o caso. Em resposta ao jornal, o banco enviou a seguinte nota: “O Santander informa que as transações contestadas são válidas, pois foram autenticadas previamente com a senha do cliente que é de uso exclusivo, pessoal e intransferível e que não pode ser fornecida a qualquer outra pessoa, em nenhuma hipótese ou circunstância, sem qualquer exceção”.

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