Governo informa que número de casos de Covid-19 e disponibilidade de leitos irá guiar fim de isolamento nas cidades

Governador anunciou medida nesta semana. Foto: Governo do Estado

O governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, dia 22, lançou o plano estadual de retomada da atividade econômica em São Paulo. Segundo disse, o fim da quarentena será diferente em cada região do estado e dependerá do número de casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus e o número de leitos disponíveis. Doria reforçou, no entanto, que as atuais regras da quarentena só serão alteradas a partir de 11 de maio.
“Até o dia 10 de maio, não haverá nenhuma alteração na quarentena. Os critérios daquilo que virá a partir do dia 11 serão diferenciados e de acordo com dados científicos apurados em cada cidade e pelas regiões do estado”, afirmou. “Definiremos gradualmente os protocolos para essa volta responsável e segura à normalidade econômica, mas protegendo vidas”, acrescentou.
Conforme foi dito na coletiva de imprensa, serão criados três níveis conforme o avanço da Covid-19: zona vermelha, amarela e verde. Hoje, segundo explicou, não existe nenhuma cidade na zona verde. Para traçar o plano, foram estudados os casos de outros países e analisadas estatísticas locais, explicou o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann.
Segundo o secretário, foram usadas oito referências como diminuição de novos casos, aumento do número de testes, a capacidade de leitos da rede pública de saúde. Serão respeitadas realidades divergentes de municípios e regiões e feito em fases.
O Governador destacou que, apesar das medidas de restrição adotadas em São Paulo desde março, 74% de toda a estrutura econômica do estado se mantém ativa, uma vez que a quarentena não atinge setores como indústria, agronegócio, construção civil, telecomunicações e energia, entre outros.

Leitos

Segundo afirmou, com a interrupção dos serviços não essenciais, São Paulo está conseguindo mitigar a disseminação do coronavírus e impedir o colapso dos sistemas público e privado de saúde. Mesmo com investimentos em novos hospitais de campanha e aumento no número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o governo reforçou que o isolamento social é a medida mais importante para reduzir o número de pessoas com Covid-19. O vice-governador e secretário de Governo, Rodrigo Garcia, afirmou que se não fosse o isolamento social, a cidade de São Paulo estaria sem leitos, como ocorre em outras capitais.

Mapeamento

A evolução do contágio e a disponibilidade de leitos hospitalares serão critérios básicos para definir possíveis alterações regionalizadas e setoriais na quarentena. A partir desse mapeamento, a estratégia de reabertura poderá ser orientada de formas distintas, de acordo com o impacto da covid-19 em diferentes regiões e da adoção de regras sanitárias rígidas em estabelecimentos com menor capacidade de fluxo de clientes.
Os novos protocolos serão discutidos por uma equipe de economistas e depois apresentados a médicos e especialistas do Centro de Contingência do Coronavírus, que irão aprovar ou vetar as alterações segundo estatísticas de número de doentes com Covid-19 e a capacidade de atendimento de saúde em diferentes regiões.

Cuidado

Segundo Doria, o plano para a economia será conduzido para evitar que a reabertura desordenada do comércio provoque uma disparada no número de casos e de mortes em decorrência da Covid-19. A avaliação das autoridades estaduais é que, além da perda de vidas, o prejuízo econômico será muito maior se a retomada levar a uma quarentena ainda mais rígida nos próximos meses.
“De nada adianta abrir o comércio e não ter quem compre e consuma, e ainda colocando em risco os funcionários. Estabelecemos um projeto consistente, sólido e baseado na ciência. Definiremos gradualmente os protocolos para essa volta responsável e segura à normalidade econômica, mas protegendo vidas”, concluiu o Governador.

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