Em seis anos, 13 pessoas morreram entre Vargem e São Roque, na SP-215

Em junho de 2014, um acidente na rodovia antes da conclusão da reforma resultou na morte de José Marti Cavalheiro

A rodovia SP-215, que liga Vargem Grande do Sul ao distrito de São Roque da Fartura, é palco de diversos acidentes fatais e não fatais todos os anos. A Gazeta de Vargem Grande levantou dados sobre os acidentes acontecidos neste trecho da estrada e procurou saber o que os departamentos responsáveis pretendem fazer para melhorar esta via.
De acordo com os dados registrados no Sistema de Informações Gerenciais (Infosiga), de 2015 a 2020 houve 9 acidentes com vítimas fatais no local, somando 13 mortes na SP-215. Um acidente que aconteceu em 5 de maio de 2015 deixou uma vítima, assim como um acidente que aconteceu em 6 de novembro de 2016, um com um veículo em 2 de dezembro de 2016 e um em 22 de maio de 2017.
Um acidente envolvendo um caminhão em 4 de janeiro de 2019 deixou três vítimas fatais, devido à pista molhada, pois estava chovendo. Um acidente no dia 10 de abril de 2019 com um veículo registrou uma vítima e um em 18 de maio de 2019 deixou três vítimas. Ainda em 2019, um acidente com um caminhão em 12 de dezembro de 2019 deixou uma pessoa morta.
No dia 1º de junho, um caminhão que transportava 20 cabeças de gado tombou na via e o motorista, de 69 anos e morador de Casa Branca, veio a falecer. Ele seguia no sentido de São Roque a Vargem, quando perdeu o controle da direção, foi em rumo ao acostamento e atingiu um barranco. O veículo invadiu uma propriedade rural às margens da rodovia e tombou.
O motorista ficou preso às ferragens da cabina. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu. Muitos animais também morreram na hora.

Não fatais

Já acidentes com vítimas não fatais, há 26 registrados apenas em 2019 no Infosiga e oito até abril de 2020. Em janeiro de 2019 houve dois acidentes sem vítimas fatais na SP-215, em Vargem. Um foi no dia 10 e o outro no dia 15. No mês seguinte, aconteceu três acidentes na rodovia, sendo dois em Águas da Prata, nos dias 6 e 12, e um em Vargem, no dia 21.
Em março teve apenas um acidente, também em Vargem, no dia 25. Dos três acidentes em abril, dois foram em Vargem, nos dias 16 e 18, e um em Águas da Prata, no dia 30. Dois acidentes aconteceram em maio, sendo um em Águas da Prata, no dia 2, e um em Vargem, no dia 26.
Levando o recorde de acidentes por mês deste ano, junho registrou quatro. Em Vargem, foi contabilizado um no dia 1º e um no dia 6, e na área de Águas da Prata, da qual São Roque faz parte, teve um no dia 16 e um no dia 27. Em julho teve apenas um acidente no dia 27, em Águas da Prata.
Os três acidentes que aconteceram em agosto foram em Vargem, sendo no dia 2, 4 e 9. Em setembro houve dois acidentes em Águas da Prata, um no dia 9 e outro no dia 18. Os acidentes em outubro aconteceram no dia 5, em Vargem Grande do Sul, e no dia 11, em Águas da Prata.
Em novembro também teve dois acidentes na SP-215, sendo um no dia 22, em Vargem, e um no dia 27, em Águas da Prata. Em dezembro aconteceu apenas um acidente em Vargem, no dia 26.
Em janeiro deste ano, houve dois acidentes em Vargem, sendo um no dia 3 e um no dia 6. Em fevereiro aconteceu apenas um em Vargem, no dia 21. Já em março, quatro acidentes foram registrados, sendo um em Águas da Prata, no dia 5, e três em Vargem, nos dias 16, 18 e 21. Em abril foi registrado um no dia 21, em Águas da Prata.

Soluções

A Gazeta de Vargem Grande contatou a Prefeitura Municipal para saber se já foi solicitado, junto ao governo, melhorias nesta pista para torná-la mais segura, a exemplo do que fizeram com relação à SP-344.
De acordo com a prefeitura, isso foi solicitado em ofícios encaminhado à Secretaria de Logística e Transportes de São Paulo e Departamento de Estradas e Rodagens (DER) de Rio Claro. “Foi cobrado providências necessárias para que se evite acidentes na SP-215 e mais pessoas percam suas vidas no local, pois com poucos investimentos é possível resolver os problemas no local e evitar que mais famílias sofram com a perda de seus familiares”, disse.
O jornal também entrou em contato com o DER para saber o que eles pretendem fazer para deixar esta via mais segura. No entanto, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

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