Vargengrandenses contam como superaram a Covid-19

Maria José Barreto de Almeida ficou 11 dias internada no Hospital. Foto: Arquivo Pessoal

Mais de 960 mil brasileiros já contraíram o novo coronavírus (Covid-19). Deste total, 46.665 pessoas morreram, no entanto, 477 mil pessoas já são consideradas recuperadas, segundo dados do Ministério da Saúde. Em Vargem Grande do Sul, 37 pessoas já contraíram o vírus e 32 pessoas já estão curadas, segundo a Prefeitura Municipal
Para mostrar que embora a prevenção seja extremamente necessária, o tratamento também tem resultados, a Gazeta de Vargem Grande contatou duas vargengrandenses que contraíram e venceram o vírus. Maria José Barreto de Almeida, conhecida como Luluzinha, e sua filha, Kátia Cristina Barreto de Almeida Menossi, foram alguns dos primeiros casos na cidade e aceitaram falar sobre a recuperação.
De acordo com Maria José, os primeiros sintomas que apareceram nela foi uma dor de garganta, que fez com que alterasse a sua diabete, e em nenhum momento teve outros sintomas relacionados à doença. “Como o cunhado da minha filha estava internado, o médico pediu para fazer uma tomografia, por isso fiquei internada com suspeita, pelo fato de ser do grupo de risco, mas em nenhum momento tive outros sintomas relacionados ao Covid”, contou. Já em Kátia, os sintomas começaram com uma tosse seca e depois a perda do paladar e olfato.
Maria José comentou que não se assustou quando recebeu o diagnóstico porque não estava mal, não tinha falta de ar e o que seria o agravante, ficando em paz e tendo fé em Deus. Sua filha, Kátia, teve o diagnóstico a partir de um teste rápido. “Recebi o diagnóstico depois de 14 dias de sintomas, porque a Vigilância Sanitária veio fazer o teste rápido. Somos em seis na casa, só dois positivos, já entramos em isolamento. Me preocupei com minha mãe em saber que eu era positiva”, relembrou.
Para Maria José, o atendimento do Posto de Pronto Atendimento (PPA) foi muito bom. Kátia não precisou passar na Unidade de Saúde, participando do monitoramento, sendo, segundo ela, muito bem atendida.
Como as principais dificuldades, Maria José cita ter ficado longe da família e o preconceito que enfrentou por ter contraído o vírus. “Eu fiquei 11 dias internada, pensei muito na minha família que estava aqui fora, eu estava sendo bem tratada, mas eles eram a minha preocupação. Não tive medo, só o preconceito das pessoas que me machucou muito, julgando sem saber o que eu estava passando”, lamentou.
Para Kátia, o isolamento foi o mais difícil e ela também comentou sobre o preconceito que a família sofreu. “A maior dificuldade foi o isolamento de 20 dias que ficamos sem pôr o pé para fora das portas, mas encontramos pessoas que foram anjos para nós e ajudaram com alguns alimentos. O preconceito nas redes sociais mata mais que o Covid-19, as pessoas julgam muito sem ter informações corretas”, pontuou.
Kátia contou que como fez o teste após 14 dias de sintomas, quando descobriu o diagnóstico já estava em processo de cura. Segundo Maria José, quando ela teve alta do Hospital de Caridade de Vargem, ainda ficou em isolamento mais de uma semana. “Quando fui liberada do isolamento, tive a certeza que estava curada, senti uma emoção muito grande, porque tenho certeza que Deus fez um milagre em minha vida”, disse.
Como ficou internada, Maria José falou sobre o período de internação. “O tratamento foi muito bom, tanto pelos médicos como enfermeiros, agradeço a todos. Quando os médicos me disseram que teria que tomar aquele monte de medicação que tomei, fiquei preocupada pelo fato de ter problemas cardíacos, mas eles me passaram segurança. Aceitei o tratamento e em nenhum momento tive efeitos colaterais. Tenho muito que agradecer aos médicos e enfermeiros que cuidaram de mim”, disse.
Maria José e Kátia agradeceram a todos pelas orações e palavras de carinho e falaram sobre os cuidados necessários para a prevenção ao vírus. “Muitos disseram que nós não estávamos nos prevenindo, mas pelo contrário, desde o começo de março nós estávamos indo trabalhar tomando todos os cuidados necessários”, disseram.
“O vírus está aí, não sabemos como contraímos, qualquer um está sujeito a se contaminar. A prevenção é necessária, a população não está acreditando, continua saindo de casa sem necessidade. O importante da prevenção é a saúde mental e física”, completaram.

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