Doenças crônicas avançam entre os brasileiros

Hipertensão é um dos principais problemas

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2019, feita pelo Ministério da Saúde foi apresentada no final de maio. Para o levantamento, foi traçado o perfil do brasileiro em relação as doenças crônicas mais incidentes no país.
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde, que tem como objetivo conhecer a situação de saúde da população para orientar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade de doenças, melhorando a saúde da população.
De acordo com o resultado, 7,4% dos brasileiros tem diabetes, 24,5% tem hipertensão e 20,3% estão obesos. De acordo com o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, as doenças crônicas são um dos principais fatores de risco para agravamento da Covid-19, então é importante informar a população sobre os fatores de risco e as formas de proteção contra estas doenças.
“Assim, o cidadão pode se prevenir e proteger-se, não deixando de seguir o tratamento adequado, caso possua alguma doença crônica, em detrimento do que estamos vivendo no mundo com a pandemia por coronavírus”, alertou Eduardo Macário.
Em um período de 13 anos, desde o início do monitoramento, o maior aumento é em relação à obesidade, que passou de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, uma ampliação de 72%. Isso significa que dois em cada 10 brasileiros estão obesos, e se considerarmos o excesso de peso, metade dos brasileiros está nesta situação, sendo 55,4%.
Conforme mostrou a pesquisa, no período entre 2006 e 2019, a prevalência de diabetes passou de 5,5% para 7,4% e a hipertensão arterial subiu de 22,6% para 24,5%. O perfil de maior prevalência está entre mulheres e pessoas adultas com 65 anos ou mais. O mesmo perfil se aplica a hipertensão arterial, chegando a acometer 59,3% dos adultos com 65 anos ou mais, sendo 55,5% dos homens e 61,6% das mulheres.
Os resultados apresentados para diabetes e hipertensão merecem destaque frente à pandemia, uma vez que no Brasil, até o dia 20 de abril, 72% dos óbitos confirmados para a doença tinham mais de 60 anos e 70% apresentavam pelo menos um fator de risco. Segundo o informado, a cardiopatia foi a principal comorbidade associada e esteve presente em 945 dos óbitos, seguida de diabetes (em 734 óbitos), pneumopatia (187), doença renal (160) e doença neurológica (159).
Referente ao excesso de peso, o índice passou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019, sendo maior entre os homens, alcançando 57,1% e entre as mulheres o percentual de 53,9%. A pesquisa apontou que o excesso de peso tende a aumentar com a idade: para os jovens de 18 a 24 anos, a prevalência foi de 30,1% e entre os adultos com 65 anos e mais de 59,8%. Por outro lado, a incidência diminui com a escolaridade: para as pessoas com até oito anos de estudo, a prevalência foi de 61,0%, já entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo, de 52,2%.

Em Vargem
De acordo com a Prefeitura Municipal de Vargem Grande do Sul, há 5.502 pessoas com hipertensão na cidade e 2.101 com diabetes. Conforme o informado, devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as Unidades Básicas de Saúde estão realizando os atendimentos essenciais aos pacientes, evitando aglomerações conforme protocolo do Ministério da Saúde e acompanhamento individual dos pacientes hipertensos e diabéticos.
A prefeitura pontuou ainda que as reuniões de Hiperdia, que eram realizadas com grupos de pacientes hipertensos, foram suspensas, e que os atendimentos estão acontecendo desta mesma forma com os pacientes obesos que buscam atendimento médico. “No momento do acolhimento é feito a avaliação antropométrica automaticamente avaliado o Índice de Massa Corpórea (IMC). Caso constatado a necessidade, o médico solicita ao paciente exame de rotina, bem como é orientado quanto a necessidade de melhorar a alimentação e a importância de realizar atividades físicas”, disse.
Segundo a prefeitura, em casos mais graves de obesidade e por indicação médica, os pacientes são encaminhados para um centro de referência do município para analisar a necessidade de cirurgia bariátrica.

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