Vargengrandense que se curou da Covid, fala sobre tratamento

Recuperado, Angelino postou seu alerta

Angelino Junior, que trabalha na assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal, foi uma das 346 vítimas do novo coronavírus no município. Com complicação no quadro da doença, ele ficou internado por oito dias no Hospital de Caridade. Recuperado, ele publicou um depoimento em sua página da rede social Facebook, com o objetivo de conscientizar a população sobre a gravidade do vírus. Ele pontuou que muitas pessoas, especialmente os mais jovens, levam a situação na brincadeira, colocando em risco os familiares todos os dias.
Angelino comentou que não é fácil enfrentar a barra de contrair o vírus e que, infelizmente, a doença não tem idade especifica, indo dos jovens aos idosos, então todo cuidado é pouco na prevenção.
O funcionário da prefeitura falou sobre os sintomas. “Os sintomas dominam a gente, são muito ruins, perda de olfato e paladar, ficamos com o corpo para baixo, não dá vontade de fazer nada, o sintomas de gripe vem, e quando a coisa vai agravando, vem os sintomas de falta de ar, que derruba a gente”, disse.
“Não tem quem segura, se a coisa agrava um pouco, dependendo de cada pessoa e cada sistema imunológico, a falta de ar é grande. Você não consegue conversar e falar, tem que correr para o hospital, que foi o que eu fiz”, completou.
Ele contou que ficou oito dias internado e que o sintoma crucial foi a falta de ar. “É uma coisa incrível, muita gente não coloca fé que isso acontece, que pega o vírus, que transmite o vírus para outra pessoa. Infelizmente, o pessoal mais jovem não acredita muito e faz churrasco, festa e abusa, e depois a conta vem”, falou.
Angelino comentou que não sabe de onde pode ter contraído o vírus. “Você não sabe onde tem, onde encosta e tem, onde passa e está o vírus. O pessoal não bota fé e depois é a família que paga o pato, porque todo mundo contrai e fica mal em casa, todo mundo sofre ou porque muita gente contraiu ou as vezes porque você está no hospital doente”, disse.
Ele falou sobre o receio que sentiu enquanto esteve internado. “Não é fácil estar lá, dá medo, você não sabe como seu sistema imunológico vai reagir, se você vai se recuperar bem, se não vai evoluir o caso, se vai acabar talvez sendo intubado se o negócio piorar, então caiu lá é uma caixinha de surpresa, só passando na pele para ter uma ideia de como que é toda essa questão e, infelizmente, parece que muita gente quer passar na pele, porque não quer dar conta da gravidade da coisa”, comentou.
Angelino pediu que a população se previna e se cuide. “Se cuidem o dobro, nunca será demais. A gente usando máscara, álcool gel, se prevenindo, tomando conta de todos os lugares, lavando o pé e mão quando chega em casa, aconteceu. Então imagina com quem não está dando a real gravidade da coisa, não tá cuidando dos familiares em casa, ou se tem filho pequeno, então é tudo ainda uma caixinha de surpresa e muito delicado”, falou.
“Se não fizer isso a conta vem e talvez ela venha de uma maneira muito pesada, onde ninguém está esperando aquele acontecido e aquela gravidade, porque depende de cada um. É muito sério e infelizmente só estando lá no hospital para ter uma ideia de como tudo acontece lá, quanta gente passa por lá com isso, quanta gente fica semanas lá sendo tratado com o corona, e a luta de quem vence e vem para casa depois. Não queiram experimentar isso, por favor, se cuidem muito”, pediu.
Ele fez um agradecimento a todos os profissionais da saúde de Vargem dos postos de saúde e, em especial, os do Hospital que o atenderam. “Fui muito bem atendido por todos os profissionais, profissionais da limpeza, enfermeiros, médicos, então só tenho a agradecer a todos que trabalham no hospital de Vargem, porque é incrível o trabalho deles, a fisioterapia, uma vez que quando está com o corona tem que fazer fisioterapia pulmonar, quando tem dificuldade de respirar, ficar um tempo no oxigênio até ir voltando ao normal”, disse.
“Se tivesse que pagar, não tem preço, é algo muito grandioso que é feito lá nesse tratamento do corona, toda atenção, todo cuidado, toda higiene. Se cuidem, cuidem dos seus, cuidem da sua família, todas as vidas importam, previnam-se”, completou.

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