Candidatos falam sobre geração de empregos

Dando continuidade às entrevistas com os candidatos a prefeito de Vargem Grande do Sul, a Gazeta questionou Amarildo Duzi Moraes (PSDB) e José Carlos Rossi (PSD) sobre geração de empregos na cidade. Veja as respostas:

Gazeta: Os lotes no Distrito Industrial José Aparecido da Fonseca – Tota estão praticamente todos destinados. Sendo eleito, pretende construir um novo Parque Industrial? Onde? Com qual capacidade de lotes? Onde obteria recursos para este projeto?

Amarildo: Quando assumimos em 2017 os lotes do distrito estavam tomados e algumas empresas não estavam conseguindo cumprir seus compromissos. Reunimos a Comissão de Desenvolvimento que reviu todos os contratos e redirecionou os terrenos para empresas que se comprometeram a investir e gerar empregos. A partir daí foram investidos mais de R$ 7 milhões em instalações de novas empresas gerando centenas de empregos diretos e indiretos, além da perspectiva de crescimento. Para continuar esse trabalho, estamos em busca de uma área para um novo Distrito Industrial. Além da aquisição da área que necessita de uma boa localização, estaremos buscando recursos para infraestrutura para receber novas indústrias. A área deve ter em torno de 10 alqueires com lotes diversificados para atender a diferentes segmentos.  

Rossi: É necessário um novo parque industrial. Há sim algumas localizações em mente, mas essa escolha é uma decisão que deverá ser tomada após análise técnica e também junto aos vereadores. E digo “análise técnica” pelo seguinte: Nosso modelo de parque industrial é algo distinto. Há grandes interesses no setor tecnológico e agrícola da indústria, e não se pode construir algo sem antes avaliar inúmeros detalhes, e dois deles são: O índice exato de desemprego, faixa etária da população desempregada e qualificação técnica. Não queremos cometer erros e por isso, esse será um parque industrial cuidadosamente planejado com auxílio de uma equipe capacitada. Parte dos recursos virão da própria prefeitura municipal, outra parte com apoio do governo do Estado, e já estamos nos preparando para isso.

Gazeta: Como trazer empresas para Vargem, competindo com outras cidades que oferecem em sua maioria os mesmos benefícios para a instalação de novos empreendimentos e, mesmo dentro da região, possuem condições de logística mais favoráveis? 


Amarildo:
Como já citei, a localização da área para o novo Distrito é essencial devido à logística para as novas empresas e a competição para atrair novos investidores é grande em todo o País. Temos a Comissão de Desenvolvimento e a legislação existente, que oferecem uma gama de oportunidades e além disso, é importante também o preparo da mão de obra pertinente à necessidade da empresa; oferecendo capacitações gratuitas para a área de atuação das novas empresas. Todo esse planejamento envolve várias áreas e, visa, além de tentar atrair novos empreendedores, também dar oportunidades para as empresas do município se desenvolverem.


Rossi: O erro comum que muitos cometem: Primeiro constroem um parque industrial, e só depois que vão ouvir as necessidades do setor da indústria. As empresas de hoje seguem normas técnicas e diversas exigências para manterem os padrões de seus produtos. Há detalhes que fazem toda a diferença e eu poderia dar muitos exemplos, mas vamos ver um bem simples? Existem normas técnicas até mesmo para manobrar um caminhão bitrem (ou maior) e muitos nem pensam nisso na hora de construir um novo parque. Não basta fazer uma rua, todo o espaço deve ser planejado. O diálogo vem antes de tudo, é aqui onde fica a diferença entre acertar e errar, ou seja, não basta apenas oferecer lotes e descontos em impostos, também é preciso planejamento e adequação, é preciso entender o que está sendo construído.

Gazeta: Outro gargalo é a capacitação de mão de obra. Como pretende solucionar este problema? 


Amarildo:
Instalamos a Univesp que traz cursos superiores gratuitos. Trouxemos em parceria com o SESI o Ensino à Distância para quem precisa terminar o 1º e 2º grau; dando condições de competir no mercado de trabalho. Temos parceria com Fundo Social de SP que trouxe vários cursos, a ETEC oferece cursos técnicos e ensino médio gratuitos, beneficiando centenas de jovens; além de 3 mil vagas em diferentes cursos pela assistência social. Estamos reformando e ampliando o antigo Clube das Mães para acolhimento e oferecimento de cursos de qualificação profissional e, para isso, continuaremos o trabalho junto da ACI, sindicatos, PAT, Diretorias de Ação Social e de Desenvolvimento para ofreecer cursos direcionados à necessidade de mão de obra. Para isso teremos a parceria do SESI, SENAC, SENAI e ETEC, etc.

Rossi: Esse é outro motivo pelo qual devemos ouvir as necessidades das indústrias antes da construção de um novo parque industrial. É necessário investir na profissionalização do nosso povo e isso tem que estar em sintonia com o perfil das empresas que vão se instalar aqui. Faremos acompanhamentos periódicos para nos mantermos atualizados com essas indústrias. O objetivo é oferecer capacitação através de cursos adequados para a população e alguns desses cursos até poderão ser online pois, além de prático e econômico, teremos como oferecer um número maior de vagas. Em resumo: Queremos investir na qualificação das pessoas de nossa cidade, é assim que esperamos que obtenham liberdade econômica. O desemprego já vem assolando Vargem por anos, e vamos fazer de tudo para dar um ponto final nisso.

Gazeta: A inserção de jovens no mercado de trabalho também é um grande desafio. Como pretende incentivar a contratação de jovens na cidade? 


Amarildo:
Demos o exemplo para oportunidade de contratação dos jovens com o programa de estágio com mais de 80 estagiários que foram contratados em diversas áreas da Prefeitura, recebendo salário dando a oportunidade de adquirir a experiência e ajudar no pagamento dos estudos. Como já destacamos, trouxemos SESI para término de estudos e UNIVESP para cursos superiores. Além disso, trouxemos o “Time do Emprego” pelo PAT, o Frente de Trabalho do Estado que oferecem capacitações para jovens se prepararem para enfrentar o mercado. O Programa Jovem Aprendiz também está sendo trabalhado em parceria com ACI, um trabalho que vamos incrementar ainda mais juntamente com os já desenvolvidos que serão ampliados para que os jovens estejam melhores preparados e as empresas tenham mais segurança na contratação. 

Rossi:  Na verdade não é um grande desafio. Os jovens de hoje são dinâmicos, são adaptáveis às tecnologias. Existem muitas empresas que não fazem distinção dos jovens, mas infelizmente nós não temos muitas delas aqui, e é por isso que muitos estão desempregados. Nossos programas de capacitação de mão de obra não exclui os jovens, e eles também poderão contar com algo extra, é que minha equipe e eu estamos estudando algumas idéias e o impacto que elas possuem no mercado profissional de hoje, por exemplo: Aprender programação e criação de apps, aprender esculpir, animação e impressão em 3D, cursar dublagem e cinema, aprender a editar vídeos e imagens. Queremos dar opções diversificadas para que os próprios jovens decidam qual profissão trilhar.

Gazeta: O processo de abertura de empresa é algo ainda muito burocrático. O que irá fazer para agilizar a abertura de novos empreendimentos na cidade? 


Amarildo:
O Sebrae é um dos órgãos que auxilia novos empreendedores e tivemos aqui uma unidade móvel e está instalado na ACI um posto de atendimento. Vai haver uma desburocratização no processo de abertura de novas empresas, principalmente de pequenos negócios. Se for classificada como baixo risco, não precisará mais do alvará para abrir as portas. A prefeitura vai implantar o EMPRESA FÁCIL, facilitando a abertura de novos empreendimentos. Esse sistema integra procedimentos municipais, estaduais e federais para essa abertura, reunindo todas as informações prestadas num único lugar, agilizando esse processo na cidade, principalmente de pequenos negócios. Se a atividade for classificada como baixo risco poderá receber um alvará provisório em 3 dias e terá mais 90 dias para regularizar as atividades.

Rossi: Não busco dificultar o processo de abertura de empresas, o que for de competência do município será revisado. A Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 determina que cabe à Administração Pública Federal, Estadual e Municipal desburocratizar, e faremos isso de maneira que fique bom para os dois lados, tanto para a cidade quanto para as empresas. Hoje temos dois aliados muito fortes, e são eles: Tecnologia e Informação em tempo real! Não existe mais espaço para o desemprego, não em uma gestão formada por uma equipe capacitada e atualizada como a nossa. Esse será o grande triunfo para a população, ou seja, um trabalho em equipe realizado por pessoas experientes, atualizadas e competentes, pois essas são as qualidades dos profissionais que compõe nosso time.

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