“Ou a sociedade abraça o Hospital ou ele pode fechar”

O prefeito Amarildo faz um apelo para que a sociedade vargengrandense contribua para o não fechamento do hospital

O Hospital de Caridade de Vargem Grande do Sul está sem diretoria, sem provedor e sem Conselhos Fiscal e Deliberativo. A direção provisória que permaneceu na entidade até o domingo, dia 31 de janeiro, após duas eleições não terem sido realizadas por falta de candidatos, não segue mais no comando da instituição. O prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB), que vem dialogando com os dirigentes do hospital há algum tempo sobre a situação, falou nesta segunda-feira, dia 1º de fevereiro à Gazeta, pontuando que busca apoio junto à sociedade vargengrandese para que seja montada uma nova diretoria provisória na entidade e ressaltou que essa ajuda será fundamental para que o Hospital de Caridade não feche suas portas.

Prefeitura não pode intervir
Amarildo ainda se posicionou sobre a reportagem da Gazeta publicada neste sábado, na qual é citado o regimento interno da entidade que traz que o prefeito de Vargem é comunicado quando não há eleição para a provedoria e que neste caso, seria nomeado um interventor.
De acordo com Amarildo, o estatuto da entidade não pode reger a prefeitura. O prefeito observou que o Hospital de Caridade é uma entidade privada e nenhuma entidade privada pode reger o que é público. Amarildo observou ainda que uma intervenção é prejudicial para a própria entidade e que em casos que isso é feito, é por pouco tempo, como ocorreu em Vargem em 2012, quando o ex-vice-prefeito José Roberto Rotta assumiu por alguns meses a intervenção no Hospital de Caridade.

Luta conjunta
Assim, Amarildo destacou que a melhor saída é o trabalho em conjunto com a sociedade civil organizada para que seja montada uma diretoria provisória, conforme prevê o estatuto do Hospital de Caridade. Este trabalho está sendo feito em parceria com o empresário Jair Gabricho, do Grupo Fuzil, a quem o prefeito Amarildo fez um apelo público nesse sentido.

Situação grave
O prefeito lembrou ainda da gravidade da situação financeira do Hospital de Caridade, com uma dívida de mais de R$ 4,5 milhões e um déficit alto. Ele ponderou que mesmo com o aumento constante no repasse de recursos feito pela prefeitura, a situação continua ruim. “Ou a sociedade abraça o hospital ou de fato ele pode fechar”, ressaltou.
Amarildo disse saber que o empresário Jair Gabricho precisa se dedicar aos seus empreendimentos, ainda mais numa situação de pandemia que todos vivem, mas ressaltou que a ajuda do ex-provedor é fundamental e que ele teria acenado de maneira positiva nesta manhã de segunda-feira, de que iria seguir colaborando na busca por uma solução para a grave situação do Hospital de Caridade.
Amarildo reforçou que está entrando em contato com diversas entidades da sociedade civil de Vargem, como Cooperbatata, ABVGS, ACI, Sindicato Rural Patronal e dos Empregados, demais associações, para que cada uma apresente um membro, para que o hospital seja abraçado por todos.

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