Uma nova variante do coronavírus foi identificada em Mococa e também em Porto Ferreira. A cepa foi denominada como P.4. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Porto Ferreira ao portal UOL.
O pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, João Pessoa Araújo Júnior anunciou nesta terça-feira, dia 25, ter identificado uma nova variante do novo coronavírus, a P.4
De acordo com a reportagem do UOL, a variante P.4 foi identificada a partir de um estudo da Unesp Araraquara, que mostrou que, desde o início de maio, circulam na cidade as variantes P.1 e P.2, que têm origem em Manaus e no Rio de Janeiro, respectivamente.
Ao G1, o pesquisador explicou que a P.4 tem origem ainda desconhecida e foi identificada primeiro em Mococa, e passou a ter alta circulação em Porto Ferreira. Não é possível saber se ela é mais contagiosa ou perigosa do que o vírus “comum”.
Descobertas
No início de maio, a mutação L452R na proteína S, que também está presente na variante indiana do novo coronavírus, havia sido identificada em amostras de Descalvado e Porto Ferreira. Contudo, não era possível afirmar se se tratava de uma nova variante ou de uma já existente, segundo reportagem do G1.
De acordo com o pesquisador, as análises da universidade foram submetidas ao Global Initiative on Sharing All Influenza Data (GISAID), iniciativa internacional de acesso aberto a informações sobre genomas de vírus influenza e coronavírus. O grupo então fez a designação do nome P.4.
“Essa nova variante é parente da P.1, porque ela tem a mesma origem, a origem é a B.1.1.28, que é uma linhagem que deu origem à P.1, à P.2, que foi identificada no Rio de Janeiro, à P.3, que foi identificada nas Filipinas”, lista o pesquisador.
“E, agora, foi identificada a P.4, que tem origem ainda desconhecida, mas ela foi primeiramente reconhecida no leste de São Paulo, primeiramente em Mococa, depois nós vimos uma alta frequência dela na cidade de Porto Ferreira, onde nós concentramos o nosso estudo”, disse.
Ainda de acordo com Araújo Júnior, o reconhecimento da nova variante é importante, pois mostra que ela está em ascensão.