Situação grave

Na Santa Casa Dona Carolina Malheiros, em São João da Boa Vista, todos os 24 leitos de enfermaria destinados a pacientes com Covid-19 e os 12 leitos de UTI estão ocupados. No Hospital da Unimed, os leitos de enfermaria estão com 100% de ocupação e os de UTI com 60%. Ao todo, dos 46 hospitalizados na cidade na quinta-feira, dia 27, 26 eram de São João e 20 pacientes de cidades da região.
Os 17 leitos disponíveis na Santa Casa de Mococa estão todos ocupados, conforme o boletim emitido pela prefeitura na quinta-feira, dia 27. São 15 pacientes de Mococa e 2 da região. Já a enfermaria da unidade de saúde mococoquense está com 29 pacientes com Covid-19.
Em São José do Rio Pardo, a ocupação de enfermaria de Covid-19 está em 110%, com 9 moradores da cidade e dois da região. Já a UTI da santa casa da cidade está com 8 pacientes, sendo três deles de cidades da região.
Já em Espírito Santo do Pinhal, a enfermaria da santa casa estava com 15 leitos ocupados por pacientes com a doença, sendo 13 deles de Pinhal e dois de outras cidades. Já as vagas de UTI estavam todas ocupadas, com sete moradores da cidade e três de fora. Pinhal tem ainda dois pacientes internados em UTI em outras cidades.
Assim, citando apenas quatro cidades bem próximas de Vargem que oferecem leitos de UTI e atendem municípios da região é possível verificar que a situação da Covid-19 está bastante grave. Não há leitos de UTI. Os leitos de enfermaria destinados a esses pacientes estão sempre com ocupação muito perto do limite.
Em entrevista à Gazeta de Vargem Grande, o provedor do Hospital de Caridade, Jair Gabricho, destacou que os profissionais da saúde que trabalham nessa área estão exaustos. São enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, técnicos e auxiliares de enfermagem, equipe de limpeza, uma série de pessoas que estão no limite do esgotamento físico e mental.
E ainda se vê pelas ruas da cidade pessoas sem máscara. Gente aglomerando. Empresários que enfrentam a fiscalização e até a Polícia Militar para impedir que seja autuado por descumprir as regras sanitárias. Felizmente, neste último caso é a minoria na cidade. Mas ainda assim é muita gente fazendo errado e comprometendo a saúde de quem está fazendo o certo.
O resultado é a necessidade de adoção de medidas mais restritivas para conter o avanço da doença. Simplesmente porque se alguém ficar doente e o caso se agravar, não vai ter uma cama de hospital para que essa pessoa recebe o tratamento. E isso pelo fato de que muita gente acho que a doença já passou. O que na realidade está ainda longe de acontecer.
Do jeito que o cenário se mostra na região. A melhor saída é simplesmente não ficar doente. E para isso, quem puder deve ficar em casa. Quem precisar sair, deve usar máscara, manter a distância e higienizar as mãos. Porque nem a certeza de que haverá leitos para os doentes existe mais.

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