Fé e trabalho

O impacto da pandemia da Covid-19 em Vargem Grande do Sul, não tem sido diferente dos milhares de municípios brasileiros e em cidades de todo o mundo. A necessidade de manter o isolamento social, para evitar a proliferação do SarSCov2, o novo coronavírus, causador da doença, impôs uma série de consequências na vida das pessoas. Milhões de pessoas adoeceram, milhões conseguiram se recuperar, mas infelizmente, centenas de milhares perderam suas vidas em todo planeta.
Além da crise sanitária, a doença causou uma profunda crise econômica, onde muitas empresas fecharam suas portas, outras reduziriam seus quadros de colaboradores, o que desencadeou o aumento do desemprego. Há ainda os autônomos que não puderam trabalhar e perderam suas fontes de renda. O desemprego causou ainda a crise social, como o aumento da população na faixa da pobreza e muitas famílias que passaram a precisar do auxílio governamental para ter um prato de comida na mesa.
Esse cenário desolador também atingiu Vargem de maneira dolorosa. A Ação Social da prefeitura viu aumentar de maneira impressionante o número de pessoas que passaram a precisar de socorro. Se antes eram distribuídas cerca de 50 cestas básicas ao mês, em junho foram entregues mais de 500.
A situação parece estar em um processo de melhora somente agora, um ano e meio depois do início da pandemia, com o aumento da cobertura da vacina em todo país. Mas em tempos tão difíceis quanto esse, o que mantém o ser humano lutando, perseverando? Cada pessoa pode ter sua resposta, mas muitos poderão ter em comum a fé e a vontade de trabalhar.
Em Vargem Grande do Sul, essas duas condições nunca faltaram. A cidade foi criada por homens e mulheres de fé, que dedicaram a primeira capela à Nossa Senhora Sant’Ana, capela esta que foi construída com muito trabalho, com a união de muitos moradores.
A fé que décadas depois ganhou na Romaria dos Cavaleiros de Sant’Ana uma das mais belas demonstrações de devoção em todo Estado. Infelizmente, este ano mais uma vez os cavaleiros não poderão percorrer as ruas da cidade, mas a fé na padroeira segue inabalável.
E se Vargem conseguiu enfrentar os meses mais duros da pandemia como um dos municípios da região que menos registraram mortes pela doença, foi pelo trabalho incansável de centenas de pessoas envolvidas diretamente no combate à Covid-19, na formulação das políticas municipais de enfrentamento ao vírus e também em cada vargengrandense que precisou seguir trabalhando, tomando os cuidados necessários.
O trabalho rural, por exemplo, atividade essencial da economia, não parou. Vargem Grande do Sul, que tem um agronegócio importante, pode contar com o trabalhador do campo e toda a cadeia produtiva, para seguir gerando emprego e renda. Por isso, nesta semana, é tão importante celebrar esses dias: 26 de julho, Dia de Sant’Ana e 28 de julho, Dia do Agricultor.
A Gazeta de Vargem Grande traz nesta edição, reportagens especiais sobre as duas datas, para não deixar de ressaltar a sua importância para toda cidade. Que Sant’Ana siga abençoando Vargem e que os agricultores possam celebrar seu dia com saúde e sucesso.

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