Ainda não se pode baixar a guarda

A pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil no início de 2020 e teve o primeiro caso registrado em 26 de fevereiro daquele ano. A doença causada pelo SarsCov2, o novo coronavírus, teve o primeiro paciente registrado em Vargem Grande do Sul no dia 7 de maio. No dia 12 de março daquele ano, o país registrava a primeira vítima fatal da doença. Em Vargem, foi no dia 18 de agosto.
De lá para cá, o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, perdeu 554.497 vidas para a Covid-19.São mais de 19.8 milhões de pessoas que contraíram a doença. A sua imensa maioria, 18.5 milhões, se recuperaram. Mas perder mais de meio milhão de moradores em pouco mais de um ano de pandemia é algo extremamente doloroso. Nesses mais de 554 mil brasileiros que tiveram suas vidas interrompidas pela Covid-19, muitos eram vargengrandenses.
Nesta semana, a cidade ultrapassou a marca das 100 vidas perdidas para o novo coronavírus. De acordo com o boletim da prefeitura, 105 moradores perderam a luta contra essa doença, além de outros cinco que faleceram por outras causas, mas com a presença do vírus. São pais, mães, colegas de trabalho, amigos dos tempos de escola, pessoas queridas que se foram. Em uma comunidade pequena como a vargengrandense, a pandemia marcará profundamente a história do município.
E mesmo em meio de tanta dor, é preciso ponderar que o impacto da Covid-19 na cidade, apesar de devastador, foi menos agressivo que em cidades da região. Em São João da Boa Vista, a doença matou 281 pessoas, em 10.963 casos registrados. Em São José do Rio Pardo, são 144 mortes pela Covid em 5.509 pessoas que contraíram a doença.
Em junho, Vargem passou pelo período mais terrível da pandemia, como 30 óbitos registrados, com o Hospital de Caridade tendo que aumentar os leitos destinados à internação de pacientes com a doença, pois a demanda não parava de crescer. Já não havia mais leitos disponíveis em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na região, o que deixava a situação ainda mais dramática.
Felizmente, a sensação é que este período sombrio está passando. Graças ao empenho na aplicação da vacina em toda cidade, milhares de vargengrandenses já tomaram a primeira dose, muitos já estão com a imunização completa, com as duas aplicações ou com a vacina em dose única.
Esse cenário possibilita vislumbrar não só a queda mais acentuada de casos graves e das mortes, mas também à retomada com mais segurança das atividades econômicas. Nesta sexta-feira, dia 30, por exemplo, novo decreto do prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) permitia o funcionamento dos estabelecimentos em horário maior, assim como aumentava o limite de capacidade para o atendimento presencial.
No entanto, essa previsão positiva só poderá se tornar concreta, caso os moradores continuem cooperando e seguindo com as medidas de prevenção, como o uso de máscaras, o distanciamento entre as pessoas e a higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool em gel. O futuro é promissor, mas ainda não se pode baixar a guarda.

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