A volta às salas de aula

A quarta-feira, dia 3, foi bastante especial para milhares de estudantes e centenas de professores de Vargem Grande do Sul. Depois de mais de um ano e meio, as aulas presenciais foram retomadas em todos os municípios paulistas.
Logo no início da pandemia da Covid-19, a Educação foi uma das primeiras atividades a serem suspensas. A alta transmissibilidade do SarsCoV2, o novo coronavírus, foi determinante para que estudantes de todos os níveis de Educação e todas as redes, permanecessem em casa, obrigando dirigentes de ensino, pedagogos e professores a se reinventarem para que o conteúdo fosse transmitido de alguma maneira.
A solução mais próxima do ideal para o momento foi o do ensino online. Alunos, pais e professores se viram em meio a sites, canais do YouTube, problemas com conexão, além de uma série de desafios técnicos e até mesmo sociais. Afinal, nem todas as famílias tinham computadores e celulares com boa conexão para as aulas.
Além disso, especialmente entre os alunos mais jovens, a interação com colegas e professores é parte importante do desenvolvimento. Tudo isso ficou extremamente prejudicado com a pandemia e as necessárias medidas de isolamento para a preservação da vida.
O prejuízo para a educação de uma geração inteira causado pela pandemia é incalculável. Em abril, o secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares afirmou em uma entrevista que os atrasos de aprendizado causados pela pandemia da Covid-19 podem demorar até 11 anos para serem revertidos.
A fala do secretário veio em análise a uma pesquisa com mais de 21 mil alunos, que fizeram uma prova de avaliação de ensino, para mostrar os impactos da Covid-19 na Educação no Estado. O resultado, afirmou Rossieli na ocasião, é preocupante.
Ele comentou principalmente prejuízos em língua portuguesa e matemática. Na pontuação da avaliação, houve redução significativa: em média, houve queda de 46 pontos em matemática e de 29 pontos em português, no comparativo com 2019.
Isso mostra o desafio que está por vir. Se a preocupação principal do início pandemia era salvar vidas, seguida de salvar empregos, agora com a cobertura vacinal bem avançada, especialmente no Estado de São Paulo, a urgência agora é salvar o futuro das crianças e jovens, recuperando o quanto antes essa lacuna pedagógica provocada pela covid-19.
Essa deve ser a principal meta dos líderes a serem eleitos em outubro de 2022.

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