Gênios da Nossa Música – Histórias da MPB

JAMELÃO
José Bispo Clementino dos Santos (Jamelão)

Nascimento: 12/05/1913 – Rio de Janeiro (RJ)
Morte: 14/06/2008 – Rio de Janeiro (RJ)
Atividades: cantor e compositor

Jamelão é um dos maiores intérpretes de sambas-enredo não apenas por sua longevidade, uma vez que conduziu a Mangueira de 1949 a 2006; mas principalmente pela qualidade da sua voz e pela sobriedade de sua interpretação, capaz de conduzir e empolgar os componentes da avenida.
Jamelão possui uma voz de tenor com grande extensão vocal, timbre metálico, dicção clara e um bom trabalho de respiração, fatores que contribuem para preservar a qualidade de sua voz até os 90 anos de idade.
Nos anos 1950, alcança grande sucesso por sua atuação na Orquestra Tabajara, dirigida pelo maestro e clarinetista Severino Araújo, responsável pela gravação de vários discos do cantor.
Jamelão atinge sua maturidade musical e o auge do seu sucesso nos anos 1950 a 1960. No repertório de samba-canção destacam-se: “Matriz ou filial”, 1968 de Lúcio Cardim.
É o grande intérprete de Lupicínio Rodrigues com músicas como: “Nunca”; “Esses moços”; “Volta”; “Ela disse-me assim”; “Dez anos”; “Nervos de aço”; “Vingança”; “Cadeira vazia”.
Gravou também clássicos de Ary Barroso: “Folha Morta” e “Risque”.
Ao compor, assina suas canções como José Bispo, entre elas o sucesso de carnaval: “Eu agora sou feliz” (1963), parceria como Gato: “Eu agora sou feliz/Eu agora vivo em paz”…
Jamelão é um dos pioneiros das gravações de partido alto, destacando-se “O samba é bom assim” (1959) de Norival Reis e Hélio Nascimento cujo refrão é: “Pra mim/ Pra mim/ o samba é bom/ quando é cantado assim…” e “Quem samba fica” (1968), parceria do próprio Jamelão com o Tião Motorista.
Jamelão: Obrigado pelo seu legado para a M.P.B.
Salve Jamelão!

Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural

Dr. Raul Rodrigues Baía Filho

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