Plano Diretor faz mais de 1.300 dias que aguarda votação

Tadeu Ligabue durante audiência enquanto Diretor de Desenvolvimento

Para um Plano Diretor do município ter eficácia, ele precisa ser aprovado pela Câmara Municipal. Em Vargem Grande do Sul, desde novembro de 2019 o anteprojeto do Plano Diretor Participativo (PDP) caminha pelos escaninhos da prefeitura municipal e até a presente data não foi enviado ainda para análise e votação dos vereadores municipais.
O último Plano Diretor do município foi aprovado em 2005 e, segundo o Estatuto da Cidade, ele tinha de ser revisto a cada 10 anos, o que deveria ter acontecido em 2015. Já se passaram, portanto, oito anos sem que a administração municipal tenha um Plano Diretor a guiar os atos do Executivo.
Pode-se depreender destas datas, que há 18 anos Vargem convive com uma lei importantíssima que norteia o seu crescimento e desenvolvimento urbano, com impacto direto na melhora da qualidade de vida de todos os seus cidadãos, sem a devida eficácia e que há oito anos os administradores municipais não norteiam suas decisões por uma lei nacional que obriga todo município a ter seu Plano Diretor em funcionamento.
Segundo reportagem já publicada pela Gazeta de Vargem Grande, os estudos para elaboração do novo Plano Diretor Participativo tiveram início em 2017, quando o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) criou uma Comissão Gestora presidida por Tadeu Fernando Ligabue, que na ocasião era diretor de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho da prefeitura municipal para realizar o trabalho. Ele foi auxiliado por uma Equipe Técnica, formada por técnicos da prefeitura e pelo Grupo de Acompanhamento constituído por representantes da sociedade civil.
Para elaboração do PDP, foi firmado uma parceria com a empresa Cantareira Transmissora de Energia S.A., sem custos para a prefeitura, que contratou os trabalhos da empresa Ultra Haus Strategic Solutions de Belo Horizonte, cujos técnicos estiveram várias vezes em Vargem para realizar os estudos de campo e também participar das várias reuniões e audiências públicas que aconteceram desde o início dos trabalhos, em novembro de 2017.
Em novembro de 2019, Tadeu Fernando Ligabue, uma vez realizado todas as audiências públicas para discussão do anteprojeto pela população vargengrandense e inserida as modificações sugeridas, encaminhou o mesmo para a Procuradoria Jurídica da prefeitura que após analisar todos os artigos, enviou em 2021, o PDP para o novo presidente da Comissão Gestora, o diretor de Obras Ricardo Bisco.
A notícia mais recente que se tem do Plano Diretor Participativo, é que ele estaria no gabinete do prefeito Amarildo para ser enviado para os vereadores apreciarem o anteprojeto e novamente realizar as audiências públicas para sua aprovação.
Quando o atual presidente da Câmara Municipal, vereador Guilherme Nicolau (MDB) assumiu em janeiro deste ano, ele afirmou que uma das prioridades do seu mandato de um ano, seria a aprovação do Plano Diretor Participativo. Faltam cinco meses para o término do mandato do atual presidente e o PDP ainda não foi mandado para a Câmara Municipal.
Esta semana, a reportagem do jornal procurou o presidente Guilherme Nicolau e ele disse que cobrou informalmente o prefeito Amarildo sobre a questão e obteve como resposta, que no segundo semestre deste ano o anteprojeto do PDP seria enviado à Câmara Municipal.
Guilherme afirmou que primeiramente será enviado a revisão do Plano Diretor do Turismo de Vargem Grande do Sul para análise e votação dos vereadores e após, o Poder Executivo enviaria o Plano Diretor Participativo do Município para estudos e votação junto ao Legislativo vargengrandense.

Cidade de São Paulo discute o seu Plano Diretor
A cidade de São Paulo está discutindo a revisão do seu Plano Diretor que foi aprovado em 2014. Ele tem previsão de vigorar até 2029, passando durante este período por algumas revisões, conforme consta na lei. É o que está acontecendo agora, com a Câmara Municipal de São Paulo analisando a versão final, após as discussões ocorridas em audiências públicas.
Conhecido como Plano Diretor Estratégico (PDE) do município de São Paulo, visa o desenvolvimento da capital paulista de forma planejada e que atenda as necessidades coletivas de toda a população paulista, “visando garantir uma cidade mais moderna, equilibrada, inclusiva, ambientalmente responsável, produtiva e, sobretudo, com qualidade de vida”. A previsão é que a Câmara Municipal de São Paulo aprove a versão final do PDE nos próximos meses.

Fotos: Arquivo Gazeta

Audiências públicas debateram Plano Diretor

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