Da greve ao desabastecimento

A atual greve dos caminhoneiros teve seu início por uma causa que afetava diretamente os caminhoneiros, ou seja, o elevado preço do diesel que estava atingindo toda a categoria.
Através do uso intenso de ferramentas como o WhatsApp, a categoria conseguiu se mobilizar e paralisar todo o País, forçando o Governo a ceder parcialmente e temporariamente aos seus pleitos, o que ocorreu na quinta-feira, quando foi anunciado um acordo entre o governo e as lideranças dos caminhoneiros.
Só que a greve já tinha atingido um patamar mais elevado e pelo que se pode perceber, as lideranças que representavam os grevistas em Brasília, não estavam em sintonia com suas bases e a greve continuou.
O Brasil todo começou a sentir a paralisação dos grevistas que impediam a circulação de caminhões carregados com produtos, não deixando trabalhar aqueles que não estavam de acordo com a paralisação e aí o povo, que não tem nada a ver com a situação, começou a sofrer as consequências.
Vargem Grande do Sul, como a maioria das cidades brasileiras, também está sendo afetada. Os postos de gasolina já não têm mais combustíveis. Pouco restou para atender as emergências da Prefeitura, como por exemplo, o uso de ambulâncias e UTIS móveis.
O prefeito Amarildo Duzi Moraes para fazer frente aos problemas que começam a avolumar – a greve já está indo para seu sexto dia e não se sabe quando termina – decretou por dez dias Estado de Emergência Pública. Só para citar um exemplo, com a greve pode faltar cloro e o abastecimento de água do município pode entrar em colapso.
Já falta gás de cozinha nos distribuidores locais e um grande número de serviços essenciais não estão sendo realizados. Se a situação não se resolver, pode haver falta de produtos nos supermercados. Produtos que são comprados semanalmente, os supermercados receiam que não vão conseguir adquirir.
Se o caos se instalar e pode não estar longe disso, o que seria uma greve que a maioria dos brasileiros está apoiando, pode se tornar um pesadelo, com consequências imprevisíveis. Imagine o leitor se além da falta de combustível, ocorrer a falta de gás de cozinha, faltar água tratada em toda a cidade, faltar alimentos básicos nos supermercados, só para ficar em alguns itens, como vai se portar a população?
Ao se perder o controle da situação e se a as lideranças dos grevistas não conseguirem comandar seus associados, o problema pode sim virar um caos.

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