Suspensão de cirurgias eletivas para pacientes de Vargem já dura um mês

As cirurgias eletivas – que não são as urgentes – realizadas em Vargem Grande do Sul foram paralisadas no dia 8 de março. O assunto foi tratado na sessão da Câmara Municipal em março quando a diretora do Departamento de Saúde, Maria Helena Zan e o médico infectologista Marcelo Luiz Galotti Pereira estiveram presentes para esclarecer dúvidas dos vereadores em relação à saúde municipal.
O vereador Fernando Donizete Ribeiro, o Fernando Corretor (PRB) questionou sobre o andamento das cirurgias eletivas. A diretora de saúde explicou que a paralisação dos procedimentos se deu devido a pandemia da Covid-19 e a situação complicada em que Divinolândia está passando devido a doença. Até aquele momento, os procedimentos cirúrgicos dos pacientes vargengrandenses estavam sendo realizados no Hospital Regional do Conderg, que havia firmado parceria com a prefeitura de Vargem.
Questionada se o Hospital de Caridade de Vargem Grande do Sul também não está realizando nenhuma cirurgia eletiva, Maria Helena informou que, como diretora de Saúde, ela cobra o hospital, a provedoria e a mesa administrativa para que realizem cirurgias eletivas.
Ela explicou que, no ano passado, mesmo durante a pandemia, cirurgias eletivas foram realizadas na cidade. “Já teve um momento em que fizeram várias, teve um valor repassado, foi feito inúmeras cirurgias, acho que 90, depois mais 64, se não me engano, e depois paralisou, também pararam de fazer. Foi aí que buscamos Divinolândia para não deixar de atender os pacientes”, disse.
O vereador Fernando buscou saber se é possível o diálogo entre o novo provedor, o empresário Jair Gabricho, junto ao prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB), para retomar esses procedimentos no Hospital de Caridade. De acordo com Maria Helena, isso é tudo que eles esperam.
“O Jair é uma pessoa muito boa, muito honesta, trabalha muito bem. Sabe o que faz e o que fala e o prefeito Amarildo também, então acredito que os dois juntos vão fazer um excelente trabalho, vão fazer um belo trabalho. Mas claro, eles dependem de médicos, mas acredito que estão muito dispostos a tentar argumentar ao máximo para que isso aconteça dentro do nosso município, essa foi a fala do Jair, o provedor”, pontuou.
A diretora da Saúde pontuou que estão pensando em estender mais os setores de Covid no Hospital de Caridade. “Como diz o prefeito, nós não somos uma ilha, então está tudo ao nosso redor, Divinolândia, São Sebastião da Grama, São José do Rio Pardo, São João da Boa Vista e Casa Branca, que abriram mais setores de Covid, enfermarias”, falou.
“Hoje nós temos 16 leitos de enfermaria e nós temos 8 leitos de suporte ventilatório. Não é UTI, é um suporte ventilatório, dá para segurar o paciente intubado, já chegou a ficar pacientes dois, três dias aqui com a gente por falta de leito”, disse, explicando a espera que muitos pacientes precisam fazer até conseguir vaga em UTI pela região.

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