Morador pede solução para as capivaras na represa

Grupo de capivaras aproveita o sol na ilha da barragem. Foto: Reportagem

O morador Sérgio Passoni procurou esta semana a Gazeta de Vargem Grande para criticar a situação da Barragem Eduíno Sbardelini, com relação às capivaras que habitam o local. Segundo Sérgio, que postou um vídeo nas redes sociais mostrando o problema, o grande número de animais e também a quantidade de fezes que eles deixam na represa, acabam causando sérios transtornos aos visitantes, principalmente quando estão acompanhados de crianças.
Sérgio questionou a limpeza da barragem com relação às fezes deixadas pelas capivaras, falou que com as chuvas, os dejetos acabam inda para dentro da represa, cujas águas abastecem a cidade e também sobre a infestação de carrapatos que existe no local, colocando em risco a saúde das pessoas.
Ele pediu uma atuação maior do poder público municipal e também dos vereadores sobre a questão, solicitando que funcionários façam a limpeza das fezes deixadas, pois a represa é um dos poucos locais de lazer da população e se um pai quiser fazer um pique nique com os filhos na Barragem Eduíno Sbardelini, não é possível por causa das fezes e dos carrapatos oriundos das capivaras.
A reportagem da Gazeta de Vargem Grande esteve na barragem esta semana e pode constatar que de fato há um grande número de pontos de fezes de capivara espalhado por toda a extensão da represa. Também verificou que um grupo de cerca de 30 capivaras estava dormindo sob o sol daquele dia, na ilha existente na represa. Fora da ilha, não foi avistado nenhum animal passeando naquele horário. Mas a presença dos animais estava em toda a área ao redor da barragem.
Também foi constatado placas alertando os visitantes sobre a infestação de carrapatos estrela, transmissor da febre maculosa, doença grave e de um cercado construído próximo à Estação de Tratamento de Água (ETA), para controle e manejo dos animais pela prefeitura.

Fezes viram adubo
A cidade de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, segundo pesquisou o jornal, também estava sofrendo com os problemas causados pelas fezes das capivaras em um dos seus parques. O problema teria sido resolvido com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio daquele município, passando a coletar as fezes, triturando, tratando e transformando em adubo orgânico, que seria utilizado no viveiro municipal de mudas e nas áreas verdes de Três Lagoas, permitindo assim, a limpeza completa da área de lazer e reaproveitando a matéria prima.
Segundo explicou o secretário do Meio Ambiente daquele município, as fezes das capivaras não apresentam risco à saúde das pessoas, pois assim como ocorre com os bovinos, “as fezes das capivaras são basicamente grama e outras vegetações processadas e muito ricas em nutrientes”.

Placas espalhadas pelo entorno da represa alertam sobre a presença de carrapatos

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