Foi com alegria que o empresário Pedro Alcântara Tatoni, 63 anos, mais conhecido como Pedrinho Tatoni, recebeu a reportagem da Gazeta de Vargem Grande para falar sobre seu pai, Pedro dos Santos Tatoni. Nas últimas décadas, a família Tatoni capitaneada pelo então jornalista Walter Tatoni, exerceu importante papel político, social e econômico em Vargem Grande do Sul, principalmente através do jornal A Imprensa e depois com as empresas que foram sendo constituídas ao longo dos anos pela ação do seu filho Pedro dos Santos Tatoni.
Pedro dos Santos Tatoni foi empresário, incentivador da Cultura em nossa cidade, jornalista e professor. Era filho do saudoso jornalista Walter Tatoni, um dos percursores da imprensa em Vargem Grande do Sul e de dona Tita.
Casado com a professora e pianista Eyre Maria Valsecchi de Pirassununga, teve os filhos Walter Neto, Jane Eyre e Pedro Alcântara. Em 1952, assumiu a gerência da gráfica “A Imprensa”, dirigindo por mais de 20 anos o jornal mais antigo da cidade, A Imprensa até 1972, passando então a se dedicar à gráfica e ao setor comercial com papelaria e setor de presentes, ambas levando o nome Tatoni.
Estes dois empreendimentos, a Gráfica Tatoni e a Loja Tatoni, hoje administrados pelos filhos Walter e Pedro Alcântara, são importantes referências na indústria e comércio de Vargem Grande do Sul.
Pedro Tatoni teve uma intensa vida social, sendo considerado um dos fundadores do Tênis Clube, foi diretor e presidente da Sociedade Beneficente Brasileira, onde realizou grandes eventos numa época em que o clube era a principal entidade a representar a sociedade vargegrandense.
Ele faleceu no dia 18 de agosto de 2013 e para dar seu depoimento para esta edição em homenagem ao Dia dos Pais, o jornal entrevistou o empresário Pedro Alcântara Tatoni, sócio proprietário da Loja Tatoni, juntamente com a esposa Filomena Dell Agli Tatoni e pai dos filhos Pedro, Lucca e Matteo.
Pedrinho afirmou que falar sobre seu pai lhe causava dois sentimentos. Primeiro a saudade, que é dolorida. “Saudades da presença dele, de pedir a benção (costume antigo que hoje não se vê mais), de pedir conselhos, de ouvir suas histórias, de poder dar um abraço, de se emocionar juntos, de apenas sentar ao lado e ficar perto. Que saudades pai!”, discorreu ao jornal.
O segundo sentimento que Pedrinho teve, foi aquela sensação gostosa de ter vivido ao lado do pai e aprendido tanto com ele. “Lembranças deliciosas que quando eu e meus irmãos nos encontramos, sempre ficamos recordando e mantendo vivos estes momentos de família”, comentou.
“Meu pai era um homem extremamente bom. Na minha concepção foi um exemplo de filho, de marido, de pai, de avô, de amigo. Até hoje ouço pessoas que o conheceram virem falar algo dele, sempre de maneira elogiosa, de admiração”, afirmou o empresário.
Para ele, seu pai sempre viveu para a família, para o trabalho. Ensinando desde cedo os filhos a terem responsabilidades, dedicação, educação, a ter respeito pelas pessoas, a serem discretos, saberem ouvir, mais do que falar. “A sermos simples e humildes. Nos ensinou que os mais nobres e mais valiosos sentimentos são justamente os que vêm de dentro, que não tem preço”, lembrou.
Finalizando sua entrevista para esta edição em homenagem ao Dia dos Pais, afirmou que tenta seguir os exemplos deixados pelo pai, o que não é fácil e procura passar estes ensinamentos para seus filhos, para que estes possam passar adiante aos seus. “E assim, como o curso de um rio, a vida segue. Que Deus abençoe todos os pais”, saudou.