Na última segunda-feira, dia 19, o General de Exército João Camilo Pires de Campos, comandante militar do Sudeste, esteve em Vargem Grande do Sul visitando as instalações do Tiro de Guerra 02-092, que tem como chefe de instrução o 1º sargento Alexandre Soares Mariano. Ele também visitou a Casa da Cultura, onde conversou com os atiradores e público presente e ainda o Café Pacaembu.
O General foi recebido na Guarda do Tiro de Guerra em Vargem e conheceu as instalações. Acompanharam a visita o vice-prefeito José Roberto Rotta (PPS), a diretora da Promoção Social, Eva Vilma da Silva Rodrigues, a diretora de Cultura, Márcia Ribeiro Iared, o chefe de Gabinete, Celso Bruno, representantes da Polícia Militar, da Guarda Civil Municipal e o vereador Laércio (PPS).
Na Casa da Cultura, houve a apresentação de uma banda e um café. Em seguida, no auditório, o Chefe de Instrução do Tiro de Guerra de Vargem, Sargento Alexandre, expôs ao General Campos, à sua comitiva e aos presentes, os dados das atividades desenvolvidas pela unidade e os projetos para 2018. Informou sobre a participação dos atiradores em ações sociais, como doação de sangue, palestras como a realizada no Dia das Mulheres, entre outras. “O principal objetivo é a instrução e formar um bom cidadão”, informou.
Ele ainda adiantou que tem o projeto Atirador Mirim que busca envolver crianças de 11 a 12 anos e trabalhar para estruturar melhor a unidade do Tiro de Guerra da cidade. “Temos uma visão de futuro, para nortear nossos trabalhos, que é a de ser um Tiro de Guerra modelo”, afirmou.
Entre as particularidades da unidade, o chefe de instrução apontou o amplo espaço ocupado pelo Tiro de Guerra, que foi instalado na antiga escola de soldados, possuindo assim, salas de instrução, auditório, refeitório, alojamentos, etc. O Sargento Alexandre lembrou ainda da parceria com a prefeitura.
A diretora de Cultura, Márcia Iared, contou um pouco sobre a história do município, destacou a importância da visita do General Campos para a cidade e afirmou que como educadora reconhece que a grande função do Tiro de Guerra é a transformação dos jovens em cidadãos, lamentou a onda crescente de insegurança e violência no país. “Em nossas corporações há muita gente que se preocupa com a formação dos jovens, que são quem vai colaborar com a mudança do estado das coisas”, observou.
Márcia lembrou da participação dos atiradores na abertura da Festa das Nações e da colaboração dos atiradores nas atividades que são convidados.
Por fim, o General Campos se dirigiu ao público, explicando que o Exército Brasileiro é composto por oito comandos militares de área: o da Amazônia, do Norte, do Nordeste, do Oeste, do Planalto, do Leste e o do Sudeste, este último comandando por ele. Lembrou aos atiradores que fazem parte de um Exército que expulsou os holandeses do país, que participou da Segunda Guerra Mundial, que nunca perdeu uma guerra.
O General lembrou que o TG de Vargem Grande do Sul, é o mais novo do estado. “Que vocês construam a história desse Tiro de Guerra”, disse aos atiradores. Destacou o papel do comandante de instrução e da importância da educação na vida desses jovens. Ressaltou ainda a relevância da conduta ética e da honestidade. “Que vocês levem suas mãos limpas”, enfatizou. Também destacou o papel do trabalho e da determinação. “Eu construo o meu êxito, eu construo o meu sucesso e felicidade”, disse. Ao final, o general fez questão de cumprimentar cada atirador.
General destaca a importância do Tiro de Guerra
Em entrevista à Gazeta de Vargem Grande, o General de Exército João Camilo Pires de Campos, comandante militar do Sudeste, afirmou que está visitando os Tiros de Guerra do Estado de São Paulo. “São 75 tiros de Guerra em todo Estado e irei a todos. Me faltam cinco ou seis e irei a todos até a minha despedida, minha transferência para a reserva, em maio”, comentou. “Eu tinha uma curiosidade imensa de vir a Vargem Grande do Sul porque a criação foi comigo. Eu tinha muita curiosidade de vir aqui para ver como estão suas dependências, como está a vibração do sargento instrutor e vi que ele está vibrando com a função dele, como estão os atiradores. Fiz questão de estar aqui, para mostrar a eles que há algo no exército além do Tiro de Guerra. Às vezes, eles se vêm naquele microcosmo, mas tem muita coisa além. E eles fazem parte disso tudo”, afirmou.
“O Tiro de Guerra para mim é uma das instituições mais espetaculares que o Exército tem. E esse tipo de instituição só existe no Brasil. Funciona de segunda a sábado, das 6h as 8h e olha que coisa espetacular, ele não atrapalha o trabalho, não atrapalha o estudo e você consegue nesse ano de instrução que eles ficam iguaizinhos aos soldados que servem o ano todo na tropa. Saem com uma riqueza fantástica levando em seus corações. Então é realmente uma escola de civismo, uma escola de cidadania. Ganha a cidade que o tem”, enfatizou.
“Eu tenho convicção que Vargem Grande do Sul, que ainda está se acostumando com o seu Tiro de Guerra, irá vendo nos grandes eventos, as famílias irão vê-lo no dia a dia, a prefeitura irá contar com eles nas campanhas. E todos ganhamos, porque o Exército brasileiro é de vocês, é do Brasil. Nós, os mais antigos, somos os operários deste grande espírito que é o Exército brasileiro, que conjuga um verbo, o verbo servir”, afirmou o general.
Sobre os questionamentos que existiram quando da implantação do Tiro de Guerra na cidade, o General Campos observou que a cidade ainda tem muito a ganhar com a unidade. “Numa altura do campeonato, se raciocina como despesa, não como custo. Vejo que em Vargem temos uma instalação que já existia, estava desocupada. Há uma despesa, uma despesa pequena. Mas vamos ao custo. Quanto ganhamos? A grande pergunta que podemos fazer às pessoas que chegaram a questionar a instalação do Tiro de Guerra na cidade é que sempre há lugar para uma escola. Não há como olvidar disso. É uma escola que já formou 150 cidadãos. Daqui a 10 anos, serão 500 jovens. Daqui a sete anos, cada família de Vargem Grande do Sul terá membro seu orgulhoso de ter escrito nas suas páginas, a história dele”, afirmou.