Uso da cadeirinha reduziu 33% número de crianças vítimas de acidentes

Cadeirinha é item de segurança obrigatório. Foto: Cartilha Abramet

De acordo com números levantados pelas entidades, a exigência do uso de cadeirinhas, conforme previsto no atual Código Nacional de Transito (com aplicação de multa e penalidade aos infratores), reduziu em 33% o número de crianças vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Em 1998, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1360 internações de crianças de 0 a 9 anos de idade, 20 anos depois, em 2018, o número de vítimas caiu para 549. O total de mortes nesse segmento também caiu nesse intervalo: de 346 para 279.

Segundo a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, os dados são alarmantes. “São números oficiais, que saíram das bases do Ministério da Saúde e que permitem verificar os efeitos positivos da Resolução nº 277 do Contran (que dispõe da utilização de dispositivos de retenção para o transporte de crianças em veículos). Trata-se de uma regra fundamental para aumentar a segurança nas vias e rodovias e, sobretudo, para proteger a vida e a saúde das crianças com menos de dez anos de idade”, ressaltou.

Para o 1º vice-presidente do CFM, Mauro Ribeiro, o uso dos equipamentos é essencial para as crianças no trânsito. “Estes equipamentos foram projetados para dar mais segurança aos usuários em casos de colisão ou de desaceleração repentina. Conforme mostram os números, eles têm sido fundamentais para salvar milhares de vidas ao longo destes anos”.

Dados

Dos mais de 1,6 milhão de feridos em acidentes de trânsito registrados nos últimos 10 anos no Brasil, 8,2% foram vítimas que vão de zero a 14 anos de idade, número que equivale a mais de 135 mil crianças e adolescentes vítimas do trânsito.

“Os dados revelam quão preocupante é a proposta encaminhada ao Congresso Nacional”, alertou Juarez Molinari, presidente da Abramet. Para ele, apenas campanhas educativas e ações de orientação por parte de profissionais não são suficientes para mudar comportamentos de forma efetiva e, assim, reduzir o número de vítimas no trânsito. “É preciso que a essas campanhas se aliem às leis e à fiscalização, para garantir a obrigatoriedade do uso desses equipamentos”, reiterou Molinari, para quem o texto deve ser revisto no Congresso Nacional.

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