- Nasce de um punhado de bravos, a luminosa ideia. E, num minúsculo ponto do imenso e majestoso rincão paulista, brota um sopro de vida, eis que surge Vargem Grande do Sul. o chão bruto, arrogante, a desafiar o homem. O homem, aceitando e vencendo o desafio. Lutas, certamente dramáticas. Sonhos que se embalavam em suaves melodias, que desciam do auto, como divinais bênçãos. Quanta expectativa! Quantos obstáculos necessariamente transpostos! De repente, desencadeia qual cascata inexaurível, o tão ambicioso prêmio. A coroação dos esforções que supomos intensos e gigantescos.
A ideia luminosa impulsionada por homens e mulheres de fibra, tomara corpo. Corações pulsavam festivos: era a certeza de um porvir risonho, a cristalizar as suas aspirações.
Cem anos se passaram, 1974. Com um rastro brilhante que a colocaria no mais alto conceito, alargou seus horizontes e projetou-se definitivamente na história.
Hoje, Vargem Grande do Sul, é o retrato mais eloquente do progresso. Florescem magníficas indústrias, fruto da capacidade e da visão dos seus filhos. Lavoura, pecuária e comércio, irmanados no mais nobre idealismo, contribuem decisivamente para o seu maior engrandecimento.
Vargem Grande do Sul, sob a proteção da padroeira Sant’Ana, com seu clima ameno e pitoresco, justifica o pomposo título de “A Pérola da Mantiqueira”. De natureza exuberante, do alto de suas imponentes colinas, descortinam-se panoramas verdadeiramente maravilhosos, entrecortados de rios, onde o visitante encontra a paz desejada e a hospitalidade de sua gente a imprimir cores mais vibrantes no melhor cartão postal, emoldurando os nomes dos ilustres fundadores: José Garcia Leal, Antônio Rodrigues do Prado, José Moreira, Cel. Francisco Mariano Parreira, Cristiano Garcia Leal e D. Maria Antônia, em cujas memórias nos cumpre hoje depositar esta homenagem de saudade e gratidão:
“Vargem Grande do Sul, centenária cidade, Certeza de vivermos sempre felizes”