Vargem tem mais uma morte de Covid-19 e outra suspeita

Em Araraquara, onde foi encontrada nova cepa, prefeitura realiza bloqueios. Foto: Prefeitura de Araraquara

Nesta semana, Vargem Grande do Sul registrou uma morte por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, uma senhora de 84 anos, que morreu no último dia 13. Na quinta-feira, foi contabilizada uma morte suspeita, de uma senhora de 67 anos. O resultado do exame ainda não tinha sido divulgado até o fechamento desta edição. Assim, depois de um período relativamente grande sem mortes pela doença, em fevereiro Vargem chega a três óbitos, levando o número de vidas perdidas para a doença na cidade a 27, além de uma suspeita e duas mortes de outras causas, mas com presença da Covid-19.
A última morte de Covid-19 em 2020 foi registrada no dia 21 de novembro, sendo uma mulher de apenas 42 anos de idade. Neste ano, a primeira vítima fatal da doença foi o enfermeiro e professor José Luís Avanzi, 72 anos, no dia 2 de fevereiro. Caso seja confirmada esta morte suspeita, Vargem chegará a 30 óbitos relacionados à Covid-19, sendo 28 provocados pela doença e outros dois com sua presença entre as vítimas.

Casos
O número de novos casos também segue aumentando. No dia 1º de janeiro, Vargem somava 1.114 pessoas que já tinham sido diagnosticadas com a doença, sendo que 1.087 já estavam recuperadas. No dia 19 de fevereiro, esse número era de 1.396 casos diagnosticados, com 1.342 recuperados. Um total de 282 novos casos em 2021.
No Boletim Epidemiológico da Covid-19, do dia 19 de fevereiro, a cidade tinha ainda 25 casos ativos e 18 pessoas aguardando o resultado de testes. Haviam ainda 24 moradores sendo monitorados. Ao todo, seis vargengrandenses seguiam internados, sendo três em leitos de enfermaria com Covid confirmada e um ainda aguardando o teste e outros dois em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na região. A cidade também registrava um total de 8.776 testes realizados desde o início da pandemia.

Nova Cepa preocupa
Distante apenas 168 km ou pouco mais de duas horas de carro de Vargem, a cidade de Araraquara deve ser olhada com muita preocupação não só por quem está envolvido com a questão da saúde pública, mas também por todos os vargengrandenses, devido ao novo surto da pandemia do coronavírus que acontece naquela cidade.
Segundo o noticiário, “com recorde de casos de Covid-19 em um único dia desde o início da pandemia, a rede de saúde de Araraquara, no interior de São Paulo, dá sinais de colapso — pacientes em situação grave tiveram que aguardar por leitos para internação e um deles foi transferido para outro município”.
No boletim divulgado na quinta-feira, a cidade estava com uma taxa de ocupação de 100% de leitos de enfermaria (novos leitos de enfermaria foram abertos em caráter de urgência) e 100% de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foram 171 novos diagnósticos confirmados da doença em 24 horas.


Vírus de Manaus foi detectado na cidade
Conforme noticiado, na segunda-feira, dia 15. o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirmou 12 casos da cepa brasileira do novo coronavírus em Araraquara. A variante foi detectada primeiro em Manaus, mas já é registrada em outras partes do país.
Para tentar frear uma nova onda da doença, Araraquara impôs medidas mais restritivas de isolamento. Foi decretado o lockdown e a medida vale por 15 dias.
“Essa é uma situação muito drástica, não podemos em nenhum momento falar em flexibilização de decreto, de abertura de quaisquer serviços, nós temos que manter ainda mais o endurecimento em relação a nossa realidade”, disse a secretária da Saúde de Araraquara.
Em todo o estado de São Paulo, já foram registrados 25 casos da variante brasileira em quatro cidades, sendo 12 em Araraquara, 9 em São Paulo, 3 em Jaú e 1 em Águas de Lindóia. Desse total, 16 casos são considerados autóctones, ou seja, em que os infectados contraíram a doença sem ter viajado ou tido contato com quem viajou para a região Norte do país.

Vargem deve se preparar
Em entrevista realizada recentemente no jornal Gazeta do Rio Pardo, o médico infectologista Marcelo Galotti, que também atende em Vargem Grande do Sul, comentando sobre as novas variantes da Covid-19, como a mutante de Manaus, disse que embora ele não seja considerado maligno a ponto de piorar a patogenicidade e a agressividade do vírus, falou que é mais transmissível, por isso a situação na Capital do Amazonas ficou desproporcional, sobrecarregando o sistema e matando muito mais pessoas.
O mesmo vem acontecendo com a cidade de Araraquara e com o sistema em colapso, as pessoas vão ter mais dificuldade de tratamento. Em Manaus, com a sobrecarga nos hospitais faltou oxigênio e pessoas morreram asfixiadas sem o tratamento.
Embora tenha sido iniciada a vacinação em Vargem, como também em todo o Brasil, o processo é lento, elas são insuficientes e deve demorar até atingir toda a população.

Máscara e distanciamento
Mesmo com a população cansada, tudo indica que ainda vai levar alguns meses para a situação se normalizar. Mas, se os vargengrandenses não usarem máscara, não praticarem o tão necessário distanciamento, a situação pode piorar e chegar no nível de Araraquara, com o hospital local e a saúde pública de Vargem Grande do Sul sobrecarregada, sem poder dar o devido tratamento aos infectados.
Essa é a realidade, não adianta querer fazer de conta que a pandemia acabou, que “é só uma gripezinha”, pois essa nova variante da covid-19 está atacando mais rápida e letal também os jovens, com lesões mais graves nos pulmões.

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