GCM combate 10 queimadas de grandes proporções na última semana

Grande área perto da Via Expressa Bolonha pegou fogo na quinta-feira. Foto: Guarda Civil Municipal

As equipes da Defesa Civil e da Guarda Civil Municipal (GCM) de Vargem Grande do Sul tiveram um trabalho incessante nos últimos dias, por conta da quantidade de focos de queimada pela cidade, em especial em áreas de mata. Somente nesta semana foram 10 incêndios de grandes proporções, que exigiram horas de trabalho.
Na quinta-feira, dia 26, dois grandes pontos de fogo mobilizaram os GCMs. Um deles, próximo ao Almoxarifado da Prefeitura, destruiu grande área de mata. No início da noite, houve um grande foco que teve início nas proximidades do Jardim Iracema. Durante a noite e madrugada, equipes da prefeitura e voluntários trabalharam intensamente para conter o fogo que se alastrou por uma propriedade rural, próximo ao Lino Escola.
Por se tratar de uma área de difícil acesso, as equipes da Guarda não conseguiram utilizar os caminhões pipa diretamente no local. Então, foi necessário o uso de bolsas de água, bombas costais, o que além de dificultar o combate às chamas, também torna o trabalho muito mais cansativo para quem está na linha de frente.
Mais uma vez a Defesa Civil e a Guarda Civil Municipal de Vargem Grande do Sul fazem um apelo à população para que não usem fogo para efetuar a limpeza de terrenos, pois além do risco das chamas se tornarem um incêndio de grandes proporções, colocando a segurança da população e das equipes de combate ao focos em perigo, há ainda todas as consequências para a saúde dos moradores.

É crime
A queimada em ambiente aberto sem licença do órgão ambiental também é tida como incêndio criminoso, de acordo com o Artigo 250 do Código Penal e é punida pela Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). Sua pena é reclusão, de 3 a 6 anos e multa.
As queimadas também geram multa conforme a Lei Municipal nº 4.154/17. Constatada a queimada em áreas urbanas, provocadas ou não pelo proprietário, possuidor a qualquer título ou seu responsável, será cobrada, segundo o art. 4º presente na lei, multa referente a R$ 5,00 por metro quadrado da área de vegetação queimada, respeitando o mínimo de R$ 500,00.

Dolores
Uma moradora do Jardim Dolores relatou à Gazeta que viu o momento em que uma pessoa ateou fogo em uma área de mata atrás da Igreja de São Joaquim, no Jardim Dolores. Como estava muito distante, não conseguiu identificar o suspeito.
“Eu estava passando por lá quando ele começou colocar fogo”, disse. “Ele estava colocando fogo em fileira, aí como a fumaça estava espalhando eu logo saí, porque estava com minhas filhas, sendo uma delas bebê”, relatou.
A moradora ainda contou que esse não foi um caso isolado. “Aqui eles colocam fogo direto”, disse. “Eu moro por aqui perto e todo santo dia tem cheiro de fumaça que nós não aguentamos”.

No Dolores, morador foi flagrado ateando fogo em terreno

Mata Atlântica já superou número de queimadas de 2020

Reportagem do portal G1 exibida na segunda-feira, dia 23, com base em dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), informou que a Mata Atlântica já havia registrado 10.268 pontos de queimadas entre janeiro e 22 de agosto, um aumento de 6% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado.
Em 2020, considerando o mês de agosto completo, foram 9.668 registros. O ano passado foi marcado por queimadas dentro da média no bioma, que desde 1998 tem média de 18 mil focos de fogo e no ano passado somou 17,5 mil no acumulado dos 12 meses.
Além da Mata Atlântica, o Cerrado e Caatinga já enfrentam, no acumulado parcial do ano, o maior número de focos de incêndio quando comparado ao mesmo período em 2020. O programa do Inpe contabiliza focos de incêndio, e não aponta o total de área queimada.
Apesar disso, em outra medição feita pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), órgão vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a área atingida pelo fogo este ano no Pantanal já se aproxima do registrado no mesmo período de 2020.

Focos de queimadas registrados na segunda-feira, dia 23, no estado de São Paulo segundo o monitoramento do Inpe

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