Neste domingo, Vargem Grande do Sul celebra seus 147 anos e a Gazeta de Vargem Grande completa 40 anos. São 4 décadas noticiando o dia a dia da cidade, conquistas históricas nacionais, como a Diretas Já, o fim da ditadura e a reabertura democrática, vitórias locais, como pavimentação de vias, ampliação de saneamento básico, construção de escolas. Também foram noticiadas tragédias, crimes e muitas notícias policiais.
São 2.066 edições que circularam ininterruptamente nesses anos, sempre com o objetivo de levar aos leitores vargengrandenses os fatos do município, com isenção, pluralidade de vozes e assuntos dos mais variados.
Como a Gazeta de Vargem Grande sempre manteve sua independência financeira, conta com sólida parceria do comércio e empresariado local, e especialmente com a confiança junto aos leitores, para seguir com sua missão. E essa cumplicidade com os leitores é fundamental para que a Gazeta siga relevante no cenário municipal e como um dos principais meios de comunicação da região.
Justamente por fazer parte do dia a dia da comunidade, a Gazeta, para celebrar seus 40 anos, foi buscar junto aos seus leitores lembranças, reportagens que impactaram, colunas que emocionaram. Aproveitou também para perguntar quais notícias gostariam de ver impressas nas páginas do jornal. Leia a seguir:
Mênica Bernardes Gutierres Dotta, moradora do Jardim Itália
“Sou leitora da Gazeta desde que aprendi as primeiras letras. Quando criança, eu gostava muito de ler as colunas sociais, ver quem ia fazer aniversário naquela semana, mas com o tempo os interesses mudaram. Hoje, leio o jornal toda semana: Adoro tomar meu café aos sábados, me inteirando com tudo que acontece em Vargem através das matérias da Gazeta, e as publicações que mais gosto são da coluna da dona Guiomar Milan: Da mestra com carinho. Acho recordações emocionantes, e sempre que leio me comovo e com carinho também lembro de alunos especiais que passaram por minhas classes nestes 15 anos de magistério”, observou.
“O que eu mais gostaria de ler na Gazeta neste momento com certeza seria o fim da pandemia. Com isso, o retorno integral, total, de todas as atividades, desde escolas abertas para todos, eventos sociais, festas, tudo retomando, sem máscara e principalmente, sem medo. Estou confiante que muito em breve vamos poder ler estas notícias nas folhas do jornal”, disse.
Priscila Primo Roque, moradora do Jardim Fortaleza
“A Gazeta de Vargem Grande sempre esteve presente em minha vida, me recordo de tê-la em casa desde muito pequena. E uma das matérias que me recordo com muito carinho é a de mãe de múltiplos, publicada em homenagem ao Dia das Mães, porque sou mãe de gêmeos e revivi a emoção de saber que estava gerando mais de uma vida”, disse.
“Gostaria de ter no nosso jornal uma página dedicada ao público infantil, para incentivá-los no hábito da leitura”, comentou Priscila.
Alberto Magno Dantas, morador do Jardim São Luiz
“Em primeiro lugar, os parabéns pelos 40 anos da Gazeta, o veículo mais importante do jornalismo de Vargem e região. Em relação às perguntas, a matéria que mais marcou para mim foi o assassinato da família Manzano, triste episódio, repugnante”, recordou.
“A matéria que gostaria de ler seria o final da pandemia em Vargem e em todo mundo. Vamos chegar lá com a graça divina”.
Elisabete Andrade, moradora do Jardim Morumbi
“A matéria que mais causou impacto, acho que foi os dois casos de feminicídios que infelizmente tivemos em nossa cidade. Aquele caso que aconteceu perto do Supermercado União e o outro na Vila Polar”, contou. “E a notícia que eu gostaria de ler na Gazeta é a inauguração e funcionamento do Poupatempo em nossa cidade”, comentou.
Aurea F. C. Cherubine, moradora do Jardim Bela Vista
“Matéria que li e mais me marcou foi a homenagem feita ao Sr. Dito Enfermeiro, publicada no dia 12 de maio de 2007”. “Já a matéria que gostaria de ler é sobre o desemprego vargengrandense e o que está sendo feito a respeito”, pediu
Carlos Roberto Tapis, morador do Jardim Pacaembu
“Tem uma matéria feita pela Gazeta, não me recordo qual ano foi, sobre a minha família na Romaria dos Cavaleiros de Sant’Ana. Tem foto do meu tio, lá nas primeiras Romarias, fala do meu avô, de meu pai”, contou.
“Uma reportagem que gostaria de ver seria sobre a comitiva que temos e que leva o nome de meu avô Raphael Tapis. Costumamos fazer muitas cavalgadas, inclusive noturnas, com lua cheia. Ou então, uma reportagem sobre ciclismo rural, pois temos muitos adeptos na cidade”, sugeriu.
Ângelo Multini, morador do Jardim São Joaquim
“Uma matéria que não esqueço é do aniversário de 30 anos da banda. Hoje ela já tem mais de 50 anos, mas a matéria de 30 anos contava a história da banda, tinha foto e como eu fazia parte como maestro, fiquei emocionado, achei muito legal. O que me empolga muito também é nas eleições. Nas vésperas de eleição, nós sempre ficamos empolgados com as matérias. Mas eu gosto de tudo um pouco, leio todo sábado e gosto de ver as notícias da cidade, da Prefeitura, da Câmara Municipal, os falecimentos e os acidentes”, comentou.
“Atualmente, estamos mais focados na pandemia e eu queria saber a situação real da cidade em matéria da pandemia, porque é uma coisa que gosto de me manter atualizado. O prefeito não se pronunciou mais, primeiro ele falava da situação e agora não fala mais, então acho que não está tão bom assim, não”, ponderou, temendo pelo aumento de novos casos.
Celino Tapi, morador do Jardim Primavera
“Uma coisa que eu gosto bastante de ler na Gazeta é o painel e o editorial, que ficam na página dois. Eles sempre me impactam bastante”, afirmou. “Uma notícia que eu gostaria de ler é sobre as represas concluídas”, disse Celino.
Dirce Bergamasco Queoquetti, moradora da Vila Santana
“A reportagem que mais me marcou infelizmente foram sobre essa pandemia que enfrentamos”, disse. “A reportagem que eu gostaria de ler é sobre o que será feito nesse rio, o Córrego Sant’Ana, que fica no bairro onde moro”, pediu.
José Miguel Ferreira, morador da Cohab I
“Para mim não existe diferença, todas as matérias são boas e importantes, sempre me lembro com carinho”. “Uma notícia que eu gostaria de ler é falando do meu aniversário, mas ele é em março, o desse ano já passou”, comentou.
José Acácio Mesquita, morador da Vila Polar
“Fazer um retrospecto de 40 anos de vida é um privilégio, principalmente eu que acompanhei de perto o nascimento da empresa jornalística Gazeta de Vargem Grande. Vivenciei as dificuldades do jornalista Tadeu para adquirir as máquinas e equipamentos necessários para a constituição da empresa. Tadeu sempre foi determinado e não mediu esforços para alcançar o seu objetivo. Ao seu lado a esposa e companheira Fatima, mulher determinada a trilhar o caminho escolhido pelo jovem e idealista marido. Tempos difíceis, porém superados com muita luta e determinação.
Na época da fundação do jornal, o país passava por uma transformação política, estávamos saindo de uma ditadura militar que iniciou com o golpe de março de 1964. Nos anos 80, começou o movimento para a volta à democracia, onde a população exigia as eleições diretas para presidente, governadores, prefeitos e parlamentares, inicia-se então em 1984 os comícios nas ruas para as eleições “Diretas Já”, na qual eu e o Tadeu fomos os primeiros oradores em comícios realizados na Praça da Matriz, em que estava presente, vários deputados federais, estaduais e prefeitos de várias cidades. Foi um momento histórico para o Brasil e se fez presente em nossa cidade, cuja cobertura jornalística foi realizada pelo jornal Gazeta”.
Uma notícia impactante da Gazeta, foi a confirmação da morte do então eleito presidente Tancredo Neves. A população ansiosa para a volta de um civil à presidência sofre um impacto terrível, visto que o vice-presidente eleito era o Sr. José Sarney ligado ao partido apoiado pelos militares, foi um momento tenso, mas superado.
Um povo sem história não é um povo, e parte da história de Vargem Grande do Sul, está gravada nas páginas do jornal Gazeta, onde nossos netos terão a oportunidade de ver o legado deixado por essa geração. Parabéns Tadeu e Fátima, a história de suas vidas se confundem com a do Jornal Gazeta.
A matéria que gostaria de ver na Gazeta é de que nossos jovens não precisariam sair do Brasil para procurar emprego em outro País”.
José Acácio Mesquita, 70 anos, é viúvo de Maria José Alves Mesquita, pai de Tatiana e Douglas e avô de Rodrigo Mesquita Milan, Rafael Mesquita Milan, Júlia Luiz Mesquita e Giovana Luiz Mesquita.
Ele foi pai aos 25 anos e comentou que o momento mais desafiador da paternidade é a saída do filho para a faculdade. “Aí, eles criam asas”, disse. Nesses anos, ele ponderou os momentos difíceis que enfrentou. “A superação de um câncer de próstata; a superação do luto pela passagem da minha esposa, e lidar com a pandemia e as consequências no modo de vida de todos”, contou.
“Seja qual for a dificuldade não desista, sempre haverá um amanhã”, aconselhou. “Como pai e hoje avô, estou curtindo o momento de estragar meus netos, não sei dizer não”, comentou José Acácio, leitor da Gazeta há 40 anos, contador, foi vice-prefeito de Vargem, pai e avô”.
Fábio Visconde, morador do Centro
“Me lembro muito das matérias e reportagens que a Gazeta fazia sobre os Carnavais da SBB, nos Anos 90 e começo dos Anos 2.000. Reportagens cheias de fotos dos foliões, tanto nas matinês, quanto nos bailes noturnos”, recordou.
“A notícia que eu gostaria de ler na Gazeta seria ‘Hospital de Caridade de Vargem Grande do Sul está com todas as suas contas sanadas e em pleno desenvolvimento e ascensão’”, pediu.