Cooperativa de recicláveis ainda enfrenta muitos desafios

Trabalho de separação, compactação e pesagem é feito em barracão no Jd. Paulista. Foto: Reportagem

Recolher sucata e material reciclável pelas ruas da cidade é a fonte de renda para muitas pessoas em Vargem Grande do Sul. A cidade conta, inclusive, com uma cooperativa de coletores, a Cata Vida, que tem apoio da prefeitura e busca formalizar a atividade, organizando o trabalho para obter em conjunto, melhores resultados.
A Cooperativa de Reciclagem Grupo Ambiental Cata Vida tem atualmente oito cooperados e é presidido por Joana D’Arc Dias e conta com Zélia Rita Lázaro como uma de suas lideranças. A cooperativa funciona em um barracão na rua Albertino Fernandes de Oliveira, nº 123, no Jardim Paulista, que é subsidiado pela prefeitura.
No local, muito limpo e organizado, há equipamentos para triagem, compactação e pesagem do material. Apesar do trabalho organizado, os cooperados explicaram à reportagem da Gazeta que a concorrência com os catadores independentes e principalmente com alguns ferros-velhos da cidade, tem prejudicado a cooperativa com a concorrência desleal, uma vez que ali, eles pagam impostos, são fiscalizados pela Cetesb e estão completamente regularizados.
De acordo com o que relataram, alguns comércios de ferro-velho não possuem alvará, licença de funcionamento, alvará dos Bombeiros, e como não pagam impostos, acabam pagando mais para os coletores, que preferem vender diretamente a essas empresas do que passar a contribuir com a cooperativa.
Os cooperados relataram à Gazeta que o custo com combustível está inviabilizando que o caminhão da coleta seletiva percorra todas as ruas da cidade. De acordo com o relatório que a cooperativa mostrou à reportagem, de 7 a 21 de outubro, eles reuniram e comercializaram pouco mais de 10 toneladas de sucata, entre latinha, alumínio, papelão, plástico, vidro, ferro e outros metais, o que totalizou pouco mais de R$ 8,6 mil, para custear a produção e dividir entre os cooperados.
Os cooperados se queixaram que muitos moradores já não estão disponibilizando os recicláveis para serem recolhidos. Eles também ponderaram que os próprios coletores de lixo, quando recolhem os sacos já vão separando recicláveis para eles próprios venderem e que é preciso que a prefeitura fiscalize os comércios de sucata para que todos trabalhem de forma justa.
Eles lembraram ainda que no final de 2022, acaba o subsídio que a prefeitura oferece no aluguel do barracão, mas que o objetivo da cooperativa é “andar com as próprias pernas”, mas para isso, precisa que empresas grandes e também os moradores de Vargem firmem parceria com a cooperativa e passem a vender para eles os recicláveis. Quem puder colaborar é só entrar em contato pelo telefone 99552-2353. Eles citaram como exemplo uma empresa que vende sua sucata para São João da Boa Vista.
A falta de material para venda é o problema que pode tornar a cooperativa inviável. Por isso, os cooperados pedem que a população destine para eles a sucata e que os coletores passem a trabalhar com a cooperativa, para que todos saiam ganhando.

Cooperativa Cata Vida conta com 8 cooperados

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