Rotary Club faz homenagem a profissionais do ano

Os homenageados receberam certificados e flores dos membros do Clube. Fotos: reportagem

Na última terça-feira, no Centro Pastoral São Benedito, o Rotary Club de Vargem Grande do Sul realizou uma festiva especial, com a posse de um novo companheiro, Lucimar Doval e sua esposa Fernanda Mizurini e a homenagem aos profissionais do ano: Rovilson Antônio da Silva Júnior, da Agência Pipers; Fernanda Nogues, presidente da Associação Beneficente Dom Bosco e Gislaine Cristina Della Torre, enfermeira da rede municipal de Saúde.
A solenidade foi iniciada com o responsável pelo protocolo, Carlos Augusto Milan, convidando os companheiros para a mesa, que foi composta pelo presidente do Rotary, Mário Malagutti, sua esposa Sirlene, o companheiro Nilton Machado e sua esposa Eliane, e o prefeito de Vargem, Amarildo Duzi Moraes e sua esposa Maria.
Na sequência, o rotariano Cláudio Machi leu a biografia do empresário Lucimar Doval, que foi empossado pelo presidente como novo membro do Rotary Club de Vargem. Sua esposa, Fernanda Mizurini, que já fazia parte da Casa da Amizade, também foi recebida ao clube, por Sirlei Malagutti.

Homenageados
A cerimônia teve prosseguimento com a leitura da biografia de cada um dos homenageados como Profissionais do Ano, todos com menos de 40 anos. Mário Malagutti destacou que eles traduzem o espírito do Rotary, de dedicar seu tempo e trabalho em ações em prol da sociedade. O presidente ainda frisou a importância de se homenagear pessoas jovens, mas com o ideal de fazer o bem.
Juninho, da agência Pipers, foi o primeiro a receber seu certificado. Ele foi lembrado pelo desempenho no mercado publicitário e também pelo trabalho voluntário com o Sorriso Mágico, nas campanhas que desenvolveu também para a Associação Dom Bosco e outras entidades da cidade e também pela sua participação na Associação Setembro e também na Mesa Diretora do Hospital de Caridade, entre outras ações.
Fernanda de Oliveira Nogues é bancária, trabalha no Sicredi e desde 2019 é presidente da Associação Dom Bosco, que acolhe crianças e adolescentes de até 18 anos, que estejam em situação de abandono ou cujas famílias ou responsáveis encontram-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção.
Gislaine Cristina Della Torre é enfermeira da rede pública municipal de Saúde e atuou na linha de frente do enfrentamento da Covid-19 em Vargem Grande do Sul, junto com seus colegas da área. Os homenageados agradeceram a honraria e destacaram a importância do trabalho em conjunto.
Mário Malagutti lembrou que a festiva era especial, por homenagear profissionais que tanto se dedicam a causas sociais. “O Rotary é formado por profissionais de várias áreas e buscamos tirar um tempo para fazer algo a mais. E todos os homenageados fazem isso, são pessoas que se dedicam a fazer algo a mais”, lembrou. “Estamos felizes de saber que nesta nova geração, há aqueles que se destacaram na comunidade. Importante que pessoas mais novas comecem a assumir esses postos”, afirmou.
Por fim, Amarildo observou que Juninho, Fernanda e Gislaine “são pessoas que transformam vidas com suas habilidades e potencialidades”, destacando o papel de cada um para uma cidade melhor.

Cláudio Machi, Lucimar Doval e Mário Malagutti

Festiva do Rotary: Um discurso sobre o tempo

Rovilson Antônio da Silva Junior
De fato, nunca sabemos quais vidas influenciaremos. E eu sou imensamente grato por fazer parte desse momento na história do Rotary e na vida de cada pessoa que hoje, aqui está. Digo isso porque além da honra em receber uma homenagem tão especial, cada pessoa que, neste momento, aqui me assiste, está me entregando o bem mais valioso de todos, o tempo.
Por reconhecer o quão isso é grandioso, o que vou dizer aqui não é apenas um agradecimento, é bem mais do que isso. É a minha intimidade mais sincera como filho, sócio, pai e voluntário.
Estou prestes a completar 35 anos de idade. Tive uma infância tão bem elaborada que até mesmo a minha maturidade não deixou ela ser apenas uma fase. A minha infância permanece em mim e me salva constantemente de algumas das cegueiras que a vida adulta insiste em causar.

A culpa por eu ter vivido uma infância feliz e tê-la como um verdadeiro remédio nos dias de hoje, é dos meus pais. O meu pai me contava histórias de herói, me vestia com uma capa feita pelas mãos de minha avó e me ensinava a voar. E eu voava. Na verdade, estou voando agora…
Com a minha mãe, através da intensidade que só ela tem, eu aprendi que o amor é muito mais do que um simples estado de enamoramento. O amor é uma filosofia de vida. Com isso, aprendi sobre comprometimento e quando não era possível voar, eu caminhava com os pés no chão. Só cheguei até aqui, por conta dos caminhos que minha mãe me mostrou.
Os ensinamentos, um sempre agregava o outro e foi assim que eu recebi a minha educação. Se hoje sou capaz de fazer algo bom nesse mundo, seja como cidadão, como amigo, marido, pai ou irmão, se hoje, eu sou capaz de beijar, abraçar, lutar, acreditar, sentir e até mesmo respirar, é porque Deus me deu o Sr. Rovilson e a Dona Neusa como a base de tudo. Tudo o que eu deixar pronto nessa vida, já foi construído muito antes em meus pais.
Ainda na infância, com 11 anos de idade, comecei a trabalhar no supermercado do bairro. Lá fiz grandes amigos e aprendi muitas coisas sobre a vida. Inclusive sobre marketing. No total, trabalhei em 5 empresas antes de iniciar a minha. De três décadas da minha vida, trabalhei duas.
Até o dia que eu larguei tudo o que eu podia, investi tudo o que eu tinha e com muito orgulho, abri o meu CNPJ. Conquistei o primeiro cliente. Uma grande marca internacional e quando eu olhei para aquele momento, com o contrato assinado e tudo o que eu tinha conquistado, pensei: Fudeu. Desculpem, mas não tem outra palavra. Eu tentei usar alguma outra do tipo, “Complicou”, “E agora?”, “Que loucura!”. Mas, não. Fudeu mesmo.
Eu precisava de alguém comigo para assumir aquele compromisso. O problema é que eu não encontrava. Trinta dias depois, conheci o André Barbieri em um churrasco. Nós conversamos muito, ele mostrou os trabalhos que fazia e comentou sobre seu interesse em voltar para o interior.
Foi então que eu tive a maior certeza de todas: Eu tenho mais sorte do que juízo. André tinha acabado de se tornar pai do Pedro, trabalhava em um dos maiores escritórios de design da América Latina e tinha um salário maravilhoso. Ele nunca tinha me visto na vida e tudo o que eu tinha para lhe oferecer era um barco que parecia estar furado. Mesmo assim, ele topou ser o meu sócio.
Hoje, o André é marido da Rafa, pai do Pedro e da Theresa. Muito mais do que meu sócio, ele é meu amigo fiel, meu irmão. Realizamos muitas coisas juntos e temos muitas coisas para realizar ainda, mas chamá-lo de irmão e sentir de coração o que isso significa, faz de mim o homem mais bem-sucedido dessa sala.
Com todo o respeito, eu sou muito bom no que eu faço. Quem me conhece sabe que faço de coração e com muita paixão aquilo que eu entrego. Eu sou excelente. Mas, enquanto existir o André Barbieri, eu serei sempre o segundo melhor. E isso é uma honra, meu irmão. A Pipers Design só é o que é, porque o André e as pessoas que estão lá são de longe, muito melhores do que eu.
Os meus pais, a Dona Neusa e o Sr. Rovilson e o meu sócio, o André, ao entregar o tempo deles a mim, através do amor, da educação e da confiança, fizeram do meu tempo este aqui, em que eu sou homenageado como profissional do ano, ou seja, por algo que sem eles, provavelmente, eu não teria me tornado.
E assim, como essas pessoas me entregaram o tempo delas, por mais feliz que eu esteja com o tempo que tenho, devo entregar o meu também. É uma regra natural. Faço isso de coração para a minha esposa, Gabriela, afinal, através dela eu conheci o meu sócio. A Gabi conhece todos os meus defeitos e mesmo assim, escolheu ser mãe da minha filha.
E por falar em Filha, todo o tempo que me resta e tudo o que nele prospera, é dela. Depois que a Vitória chegou, sinto que o meu coração parou de bater para começar a dançar. Desde então, para todas as lutas que eu escolho lutar, meu entusiasmo é um só: a possibilidade de inspirá-la… De deixar um legado de humanidade e amor.
Sendo assim, se a minha cabeça não estiver funcionando muito bem, fiquem tranquilos. Afinal, é de coração tudo o que eu faço, é de coração tudo o que eu sinto. É de coração tudo o que eu realmente sou. É por você, Vitória. Que Deus abençoe a todos.

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