Aprovado aumento para pessoal do Samu

Em reunião que aconteceu no dia 3 entre a diretoria do Consórcio de Desenvolvimento da Região de Governo de São João da Boa Vista – Hospital Regional de Divinolândia (Conderg) e o representante do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o aumento salarial dos funcionários do Samu foi aprovado a partir de 1º de fevereiro em 10,67%. Na ocasião, o ticket passou de R$ 130,00 para R$ 160,00.
À Gazeta de Vargem Grande, o rádio operador Fabiano Aleixo, que está representando os funcionários do Samu, fez uma avaliação do resultado da reunião, onde os reajustes começarão a valer a partir de 1º de fevereiro, no caso, somente no salário de março do trabalhador. Segundo ele, é preciso seguir a base do que foi oferecido pelo prefeito de Mococa.
“A ideia dele é a que se encaixa melhor na nossa realidade, que seria fazer uma recapitulação do Samu. Cada prefeitura tomar conta do próprio Samu, só assim a gente vai conseguir ter aumentos salariais, porque pelo o que eu analiso ali, vai ser todo ano a mesma coisa: brigar por um aumento baseado na inflação e o nosso salário continua defasado da mesma forma”, disse.
“Se cada Prefeitura tomar conta do seu próprio Samu, vai dar 50% de aumento, porém a tendência é ir diminuindo a diferença com o passar dos anos, porque se depender do Conderg que infelizmente não está dando conta nem dele e nem dos funcionários”, completou.
Fabiano pontuou que a situação é muito complicada. “É muito difícil, porque além de nós termos o pessoal do Hospital de Divinolândia, não tem como eles darem 40% de aumento pro Samu e 10% para o Hospital de Divinolândia. Tem que ser um reajuste para os dois, e na mesma porcentagem, se não, dá um problema meio grave”, comentou.
Para ele, a dependência é aumentar a defasagem. “Desta vez conseguiram dar 10.6%, mas não garanto que na próxima vez eles vão conseguir chegar na base da inflação do período. Tem cidades do Consórcio que contribuem com a per capita que mal paga a folha salarial dos funcionários que trabalham naquele município, como Santo Antônio do Jardim”, contou.
“A cidade tem arredondando 6 mil habitantes, contribuindo a uma per capta atual de R$ 1,45, ela contribui com R$ 9 mil por mês, que não paga a folha salarial dos 4 funcionários que trabalham na cidade. Isso sobre folha salarial, tem mais os encargos trabalhistas e ainda sobra os quatro funcionários do dia, então tem cidade que paga pelo serviço da outra. Por isso acho que a única forma de melhorar isso é cada cidade tomar conta do seu Samu, cada cidade pegar os funcionários para eles e arcar com eles”, defendeu.
O rádio operador pontuou que analisou que foi oferecido para eles não um reajuste salarial, mas um aumento baseado na inflação do período. “Se você analisar a inflação deste ano ela deve bater em torno de 12% e foi oferecido 10.67%. Então realmente não foi um ganho salarial, mas um aumento baseado na inflação. Nosso ticket subiu R$ 30,00, indo de R$ 130,00 para R$ 160,00, sendo também um valor muito abaixo, pois esperávamos pelo menos uns R$ 200,00”, disse.
Fabiano relatou que as pautas de tudo o que foi conversado e oferecido no Conderg foi passado para o Sindicato. “Acredito que para esse ano não aconteça nada, agora para janeiro e adiante nós vamos ter que sentar e conversar novamente com o Sindicato para ver quais serão os próximos passos, porque teve mais melhoria”, disse.
Contudo, conforme contou, o prefeito de Vargem Amarildo Duzi Moraes (PSDB), presidente do Conderg, informou que a próxima reunião será em fevereiro, quando existe a possibilidade de se avançar em algum outro benefício. “O que a gente torce muito também é para que volte as folgas, porque as folgas nossas não foram ofertadas dessa vez, continuamos sem. Para que os funcionários que se deslocam entre bases ou em cidades sem o auxílio combustível, vamos continuar dialogando e tentando achar a melhor maneira possível de solucionar isso, mas sempre dizendo com resposta do sindicato que a greve ou paralisação não é descartável”, finalizou.

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