Ano novo, filas velhas

Entra ano, sai ano e as filas nas lotéricas da cidade continuam. Neste dia 10 de janeiro, as duas lotéricas da cidade estavam com filas dobrando a calçada. Em média, mais de 30 minutos cada pessoa gastava até ser atendida pelas funcionárias. Em janeiro de 2021, a Gazeta de Vargem Grande trouxe em suas reportagens a manchete “Filas em lotéricas e bancos seguem gerando críticas”. A cena se repete todos os meses, próximo ao quinto dia útil, quando a maior parte da população recebe seu salário e aposentadoria.
Também esperando na fila, o diretor do jornal, Tadeu Fernando Ligabue, pode ver os clientes se revoltando com a situação, fazendo críticas, que muitas veze extrapolam para as redes sociais, sem que nada é feito pelas autoridades competentes. Isso sem falar que se chover, a maioria fica na chuva, pois as agências locais não comportam muitas pessoas dentro dos estabelecimentos. Também quando o sol está a pino, as pessoas sofrem do mesmo jeito com o calor.
Como escreveu o jornal na reportagem de 2021, muitos são idosos, ou mesmo pessoas que não têm acesso aos meios digitais e buscam no atendimento presencial o que não conseguem fazer pelos canais de autoatendimento ou nos serviços online. Em tempos de pandemia da Covid-19, quando a aglomeração de pessoas é um dos principais meios de contaminação pelo novo coronavírus, as queixas ganham um tom ainda mais preocupante.
A princípio quem dá o alvará de autorização para as lotéricas funcionarem é o poder público municipal e só por isso, teria em tese um grande poder de barganha no sentido de cobrar um melhor atendimento aos usuários das lotéricas da cidade.
Na ocasião da reportagem do ano passado, a Gazeta de Vargem Grande procurou a prefeitura para saber como andava a fiscalização nesse sentido, mas não recebeu resposta. A reportagem também ouviu na época o proprietário Eduardo Pereira Dias, da Lotérica Isamar, que falou o atendimento e as filas que se formaram em janeiro de 2021.
Para o diretor do jornal que vivenciou o problema in loco, além da prefeitura através do prefeito Amarildo Duzi Moraes e seus técnicos, também os vereadores municipais poderiam se debruçar sobre o problema e procurar soluções. “Quem sabe visitando algumas cidades onde o problema foi equacionado, quem sabe criando leis que poderiam contribuir para resolver o problema da fila, se necessário, contratar um técnico ou empresa para fazer um estudo visando solucionar ou amenizar o problema. Se depois de tudo isso, chegarem à conclusão que não existe de fato solução para o problema das filas nas lotéricas e nos bancos, deixarem bem claro à população”, argumentou o jornalista.

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