Empoderamento feminino. Sim ou não? E você? No que está ajudando?

Márcia Iared
A expressão criada, nem sempre muito simpática para alguns, já até se desgastou de tanto uso, sem que isto de fato atingisse seu objetivo, o que se revela ainda nos destacados índices de desigualdades de oportunidades, embora a mulher tenha mais do que se destacado até nas profissões tidas e havidas como masculinas no conceito tradicional das atribuições que são direcionadas a homens e mulheres.
Mais grave do que a injusta diferença de funções, destaca-se, para nosso infortúnio, o alto índice de feminicídio, o qual, para reforço da nossa tristeza, tem o nosso estado de São Paulo como o primeiro no ranking brasileiro. Seguido pelo Rio de Janeiro, dois altos polos de civilização.
Os brados contra esta mancha no nosso país têm que ecoar mais alto. A lei Maria da Penha aí está para ser cumprida. Basta denunciar! E cabe a todos nós, homens e mulheres, a grande responsabilidade e o nosso dever de denunciar.
O antigo conceito de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” está absolutamente ultrapassado. Mete sim! E digo que está em pauta uma forma de punição para os omissos comprovados. No caso do síndico de prédio já existe punição pela não denuncia do problema.
É preciso cantar aos quatro ventos, sem medo de errar. É preciso destacar as últimas conquistas legais. O senado aprovou o cadastramento dos condenados por violência contra a mulher, o aumento de pena para quem comete o crime e um programa de apoio financeiro às famílias das vítimas.
Compete ainda à escola incluir este assunto em suas pautas de discussão, o que muito ajudará as novas gerações
Tem ainda aquela questão que muitas meninas são criadas para serem competidoras uma das outras, mas é preciso ter mais, muito mais mulheres defendendo e exaltando as qualidades manifestas por suas parceiras de luta. Toda vez que uma mulher se defende ela está defendendo todas as mulheres.
As estatísticas corroboram pesquisa de que mais de 30% das mulheres já confirmaram terem sido ameaçadas de morte pelo homem. É muita coisa.
Simone de Beauvoir, grande escritora e ativista feminina, dizia que “não se nasce mulher …torna-se mulher” e é nesta construção que os educadores e a sociedade devem, colaborar.
Menos rosas, talvez, mas muito mais ações.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui