Aumento da gasolina e gás causa impacto a consumidores

Valor da gasolina em Vargem variava de R$ 6,48 a R$ 7,19. Foto: Reportagem

Os preços da gasolina, diesel, gás liquefeito de petróleo e gás de cozinha foram reajustados na última semana. Esse aumento nos combustíveis nas refinarias foi anunciado pela Petrobras no dia 10, entrando em vigor a partir de sexta-feira, dia 11.
O repasse para o consumidor final, afetando diretamente os preços das bombas e do botijão de gás, uma vez que nas distribuidoras, o preço médio da gasolina passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor foi de R$ 3,61 a R$ 4,51, alta de 24,9%. O gás de cozinha passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%.
A última alteração no preço dos combustíveis foi há dois meses, em 11 de janeiro. Já o GLP foi reajustado em outubro do ano passado.
Na semana passada, a estimativa era que o preço médio da gasolina nas bombas passe de R$ 6,57 o litro para R$ 7,02. Já o diesel pode ir dos atuais R$ 5,60 para R$ 6,48 o litro, conforme cálculo da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes (Fecombustíveis), que leva em conta o Levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em nota, a Petrobras informou que os valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia. “Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, comunicou.
O barril de petróleo no mercado internacional ultrapassou a marca de US$ 130 nos últimos dias, o equivalente a mais de R$ 650,00, devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Quando a companhia anunciou o último aumento, em 11 de janeiro, o produto era cotado a cerca de US$ 83, cerca de R$ 419,00.

Gasolina em Vargem
Na sexta-feira, dia 18, o litro da gasolina comum nos postos de combustíveis de Vargem variava de R$ 6,48 a R$ 7,19. Já o etanol, estava sendo encontrado de R$ 4,49 a R$ 4,89. O diesel, por sua vez, estava sendo vendido pelos valores de R$ 6,84 a 6,99.
O sócio proprietário do Auto Posto São Paulo, Maquis Ranzani Júnior, falou sobre o aumento do preço dos combustíveis. “Está muito volátil, o preço não se estabilizou ainda”, disse.
Ele pontuou sobre o impacto que o valor irá causar. “Vamos ter uma recessão muito grande logo após essa grande pandemia. E além disso, contando com o valor do IPTU em Vargem, que é um verdadeiro assalto, e assim por diante”, comentou.
“Quanto ao preço, a tendência é baixar, infelizmente nosso Presidente está de mãos amarradas. Quem sabe se vai conseguir diminuir os impostos, só Deus sabe”, completou. Maquis pontuou que, conforme a mídia vem divulgando e o próprio Governo Federal, está tentando com Estados diminuir os impostos. “Isso desde que o Governo Federal tirou alguns impostos há pouco tempo e no outro dia os estados subiram impostos”, finalizou.

Gás em Vargem
Em Vargem Grande do Sul, o botijão de 13 kg de gás de cozinha podia ser encontrado de R$ 120,00 a R$ 125,00 durante a semana.
Procurados pela Gazeta de Vargem Grande, os empresários não quiseram comentar sobre o aumento.

Na prática
Regiane Oliveira Gonçalves, moradora da Vila Santana, conversou com o jornal sobre a alta nos combustíveis e gás de cozinha. “Está péssimo, estou desempregada há três meses e meu marido está fazendo bico, é um absurdo esse gás e essa gasolina”, disse.
Para arcar com os altos custos, a moradora comentou como a família tem se adaptado a essa situação. “Estamos nos virando com os bicos do meu marido, após o aumento estamos andando mais a pé”, contou.
Diante deste cenário, muitos moradores trocaram o combustível de gasolina para álcool. Infelizmente, essa não é uma opção para Regiane, que possui um carro a gasolina.
Regiane mora com o marido e com o filho, que trabalha como Jovem Aprendiz em um supermercado. Para comprar gás de cozinha e alimentar as três bocas da família, os gastos estão sendo reduzidos. “Eu tive que cortar vários gastos e ainda pago aluguel. Está péssimo, é sem explicação esse aumento e essa falta de emprego”, completou.

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