Ovos de Páscoa são recolhidos e alunos da rede municipal receberão o chocolate após o feriado

Foram comprados mais de 3.600 ovos de chocolate. Foto: Imagem ilustrativa

O que era para ser um momento de muita alegria para as crianças da rede municipal de Educação, acabou se transformando em frustração. Neste ano, o coelhinho da Páscoa não vai passar pelas escolas da prefeitura. Problemas com a mercadoria, que vieram com a etiqueta apontando prazo de validade vencido, levaram ao recolhimento dos ovos de chocolate comprados pela administração municipal. A prefeitura informou que irá adotar as medidas necessárias contra a empresa fornecedora, mas explicou que não houve tempo hábil para que os alunos recebessem os tradicionais confeitos para a Páscoa. Assim, eles serão distribuídos aos estudantes depois do feriado.

O caso ganhou destaque na terça-feira, dia 12, quando o vereador Celso Itaroti (PTB) usou seu perfil no Facebook para postar um vídeo onde relatou que professores da rede municipal o haviam procurado para denunciar que os ovos de chocolate comprados pela prefeitura para serem distribuídos aos alunos estavam vencidos. O vereador comentou ainda que a prefeitura foi alertada e que a empresa vencedora, de São José do Rio Pardo, havia recolhido os produtos no almoxarifado municipal.

Itaroti disse ainda que seu temor era que a empresa apenas trocasse as etiquetas dos produtos e remetesse novamente para Vargem. O caso também foi comentado na sessão extraordinária de Câmara realizada na quarta-feira, dia 13, onde os vereadores lamentaram o ocorrido e pediram que a prefeitura adotasse medidas contra a empresa e que também apurasse o ocorrido, cobrando melhorias no recebimento e fiscalização de entrega de mercadorias.

Empresa teria alegado erro em etiqueta

Diante do ocorrido, a Gazeta de Vargem Grande entrou em contato com a prefeitura questionando como se deu o processo de recebimento dessa mercadoria, quais atitudes que foram tomadas contra a empresa e como ficaria a situação dos alunos vargengrandenses.

A prefeitura comprou 3.570 ovos de chocolate 100% ao leite de 150 g, 65 ovos de chocolate zero lactose de 150 g e 10 ovos de chocolate diet 150g. totalizando 3.645 ovos de Páscoa. Para realizar a compra, foi feito no dia 29 de março, o pregão 17/2022, vencido pela empresa riopardense que apresentou o valor total de R$ 42.121,30.

De acordo com os dados constantes na página da prefeitura o ovo de chocolate 100% ao leite saiu R$ 10,89 a unidade, já o zero lactose, R$ 43,00 a unidade e o diet R$ 44,90 cada um. A prefeitura informa que por conta do problema, não foi efetuado o pagamento à empresa.

No dia 6 de abril, no final do expediente, a Divisão de Alimentação Escolar recebeu a entrega da mercadoria, conforme respondeu a prefeitura à Gazeta. No dia 11 de abril, ao receber os ovos para entregar às crianças, a diretora de uma escola constatou que os produtos estavam com a etiqueta apontando o prazo de validade já vencido e alertou o Departamento de Educação.

Recebimento da mercadoria

A Gazeta perguntou à prefeitura por qual razão esse problema não foi verificado no recebimento dos ovos de chocolate. Em sua resposta, a prefeitura explicou que no ato da entrega dos ovos, os funcionários que receberam a mercadoria conferiram as cinco primeiras caixas que foram retiradas do caminhão. “Na conferência por amostragem, verificaram que todos os ovos dessas caixas estavam com o prazo de validade correto, embalados e armazenados adequadamente. Diante da conferência, autorizaram a entrega das demais caixas”, detalhou a prefeitura.

A reportagem do jornal perguntou ainda se todos os produtos entregues estavam com a data da validade vencida. “Os ovos diet e zero lactose não estavam vencidos, os ovos 100% chocolate ao leite estavam com a data de validade vencida na etiqueta”, respondeu o Executivo.

Medidas adotadas

Questionada então qual procedimento adotou, a prefeitura disse que imediatamente após ser informada sobre a data de validade vencida, mesmo antes de terminar a entrega em todas as escolas e creches, o Departamento de Educação solicitou o recolhimento dos ovos para tomar as devidas providências. “Ressaltamos que nenhum valor foi pago a empresa e o Departamento de Educação está tomando todas as providências cabíveis com as orientações dos departamentos técnicos”, destacou.

Tentativa de nova entrega

Em seu perfil no Facebook, na postagem sobre a denúncia, Itaroti comentou ainda que a empresa fornecedora dos ovos esteve em Vargem novamente para entregar os produtos no Pátio do Almoxarifado. Segundo o vereador teria ocorrido “um problema com as etiquetas”. Diante disso, ele comentou que a diretora de Educação, Renata Taú, recebeu os ovos de chocolate e o carregamento voltou para a empresa.

A Gazeta questionou a prefeitura sobre essa informação, perguntando qual teria sido o problema.  Em resposta, o Executivo disse que a empresa alega e afirma que o problema ocorreu na impressão das etiquetas, que por erro humano foi digitado o ano de 2022 onde deveria ser digitado 2023, que os ovos não estavam vencidos e foram fabricados recentemente.

A empresa recolheu os ovos no mesmo dia que foram retirados das escolas e mandaram outro carregamento no dia seguinte à tarde, porém a prefeitura disse que o Departamento de Educação não aceitou a entrega da mercadoria, e para garantir a qualidade do produto solicitou que a empresa providenciasse novos ovos para serem entregues posteriormente às crianças.

Alunos

A Gazeta também perguntou ao Executivo como fica a situação dos alunos nesta Páscoa, que não receberam os tão aguardados ovos de chocolate. “As crianças participarão das comemorações internas nas escolas e creches. Porém, os ovos chegarão após a data da Páscoa, mas todas as crianças receberão seu ovo como acontece todos os anos”, informou a prefeitura.

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