Desempregados comentam as dificuldades encontradas

O salário médio mensal dos moradores de Vargem Grande do Sul era de 2.2 salários mínimos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, quando a população estimada da cidade era de 42.845. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 19.9%, ou seja, 8.506 pessoas. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 307 de 645 e 343 de 645, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 1.176 de 5.570 e 1.405 de 5.570, respectivamente.
Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, Vargem tinha 31% da população nessas condições, o que o colocava na posição 335 de 645 dentre as cidades do estado e na posição 4.489 de 5.570 dentre as cidades do Brasil. Nestes pouco mais de dois anos em que o instituto publicou os dados referentes ao trabalho e rendimento dos vargengrandenses, pouca coisa deve ter mudado.
Para quem imagina que basta tão somente ter estudo e experiência para ser contratado, dependendo da empresa e do cargo a ser almejado, muitas outras coisas são levadas em consideração. No site da Universidade Mackenzie, são listadas: adequação aos valores da empresa. ética, empatia, comprometimento, resiliência, visão de mercado, capacidade de liderança, criatividade, proatividade, entusiasmo, objetividade e equilíbrio.
Portanto, cada vez mais as pessoas precisam se preparar para entrar no competitivo mercado de trabalho e em Vargem não é diferente. Desde cedo, jovens têm de ser preparadas e motivadas já no próprio lar e também nas escolas, para enfrentar a verdadeira batalha que se tornou arrumar um emprego.

Experiência
A reportagem da Gazeta de entrevistou algumas pessoas que hoje estão à procura de emprego. Elas não quiseram se identificar e assim, o jornal publica apenas suas iniciais.
J.B. tem apenas 17 anos, o 3º ano do ensino médio, mora na Vila Santana e nunca trabalhou. Ela procura por serviços gerais, trabalhar no comércio, como atendente ou algo similar. Não fez nenhum curso e disse que encontra como dificuldade para ter acesso ao seu primeiro emprego, além da falta de oportunidade, as empresas exigindo experiência para contratar.
O segundo entrevistado, J.C. é do sexo masculino, tem 24 anos, escolaridade ensino médio completo e está desempregado há dois anos. Já trabalhou na Abengoa Bioenergia e tem curso de auxiliar administrativo e técnico em meio ambiente através da ETEC, onde estudou, mas mesmo assim fala que a maior dificuldade enfrentada é a falta de vagas na cidade, que não oferece muita oportunidade de emprego.
S.R. moradora da Cohab III, está desempregada há cerca de dois meses. Ela tem o 3º ano completo do ensino médio, onde estudou na Escola Alexandre Fleming e seu último trabalho foi em uma escola. Disse que no comércio ou outros tipos de trabalho, as empresas exigem muita experiência, não dando oportunidade para as pessoas aprenderem. “Estou procurando um serviço onde eu possa mostrar minhas habilidades e conhecimentos”, afirmou.
A falta de experiência é outro obstáculo citado pela jovem T.F, 18 anos, que está cursando Agronomia. Ela mora na Cohab VI, já fez bico de empacotadora em um mercado da cidade, gostaria de trabalhar em manuseamento de adubo, mas todos os lugares, segundo ela, pedem pessoas com experiência.

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