Um rapaz teve ferimentos graves após ser agredido pelo vizinho e mais um rapaz, na garagem de sua casa, na Cohab 5. Ao sair na rua, a mãe viu o filho sendo agredido por dois rapazes. Ele foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital de Caridade.
A mulher acionou a Polícia Militar, comparecendo os policiais Mateus e Teodoro. Ela relatou que estava dentro de casa quando ouviu um barulho na garagem e acreditou ser seu filho. Ao ir na frente da residência, viu que ele estava caído no chão e dois rapazes estavam agredindo ele com socos e chutes. A mulher reconheceu um deles como sendo o seu vizinho. O outro rapaz, que descreve como sendo branco, alto, magro, com cabelos pretos e enrolados e estava trajando apenas uma bermuda de cor escura, estava atingindo seu filho repetidamente com um pedaço de madeira.
Ela informou que outros dois rapazes estavam acompanhando a dupla agressora, mas não estavam batendo. Diante da situação, ela interveio, entrando no meio dos rapazes, pedindo para que parassem. Assim, eles se dispersaram e deixaram o local, porém, seu vizinho retornou com o outro agressor em seguida, dizendo que se ela chamasse a polícia iria matá-la.
A mulher contou que seu filho permaneceu no chão, sem movimentos e não respondia às perguntas dela. Ele estava com um corte na cabeça, com as pernas dispostas aparentando estarem quebradas, além de suas roupas estarem sujas de sangue. Acionou então o Samu e a Polícia Militar.
Com a chegada dos policiais, ela relatou os fatos e, em seguida, foi até o Hospital, onde seu filho passava por atendimento médico, necessitando da realização de exames para verificar a necessidade de cirurgias.
Ela relatou ainda que estava sendo guardado na garagem de sua residência o veículo Fiat/Uno de propriedade do patrão de seu filho, o qual estava com problemas no motor, porém não apresentava danos externos antes do momento em que ele foi agredido, acrescentando que não presenciou o veículo sendo danificado.
Em relação ao pedaço de madeira utilizado durante as agressões, a vítima não sabe informar a origem e, devido ao estado nervoso, não conseguiu ver se o rapaz o levou. A mãe pontuou que o filho possui retardamento mental e não tem conflitos com nenhum dos vizinhos e, por isso, não sabe informar o motivo das agressões.
Quando tomaram conhecimento da ocorrência, o delegado e o investigador de polícia foram ao Hospital, onde constataram que as lesões eram graves, pois a vítima sofreu ferimentos na cabeça como sangramento no ouvido e com suspeita de traumatismo craniano, razão pela qual foi transferida para o Hospital da São João da Boa Vista para passar por tomografia.
A vítima apresentava uma fratura completa na perna direita e, devido ao estado em que estava, não deu sua versão dos fatos ao delegado. A mãe do rapaz confirmou que um dos agressores realmente foi o vizinho, sendo que ele a ameaçou de morte caso chamasse a polícia. Em seguida, os policiais civis foram até a residência da vítima, onde constataram que o veículo teve seu parabrisa dianteiro quebrado durante a prática do delito.
No local não foi encontrado o pedaço de madeira utilizado para agredir a vítima, bem como não foi possível identificar os demais agressores. Diante dos fatos e da gravidade das lesões, ao retornar para a Delegacia de Polícia Civil, o investigador deu voz de prisão ao vizinho agressor pelos crimes de tentativa de homicídio, ameaça e dano.
Ele foi apresentado na Delegacia de Polícia Civil, sendo recolhido à Cadeia Pública de São João da Boa Vista.