Vinda do gás poderá impactar economia do município
A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), empresa brasileira considerada a maior distribuidora de gás natural do Brasil em volume de gás distribuído, está construindo um gasoduto que irá ligar São João da Boa Vista a Mococa, passando por Vargem Grande do Sul e Casa Branca. Nesta semana, os trabalhos de construção da linha tronco de gás natural estavam chegando perto do antigo posto Santo Hélcio, na entrada da cidade.
O gás já alimenta várias indústrias de São João da Boa Vista, Aguaí, Mogi Guaçu e Mogi Mirim, podendo no futuro também alavancar as indústrias de Vargem Grande do Sul, principalmente as ligadas ao setor cerâmico se o preço for viável. A obra teve início em março deste ano e a previsão do término é em julho de 2024. Quem está executando as obras é a empresa Uniforte de Campinas.
A Gazeta de Vargem Grande entrou em contato com a parte responsável pela área de imprensa da Comgás e a mesma informou que a empresa iniciou nesta semana, a construção de uma rede de distribuição de gás natural na cidade de Vargem Grande do Sul, com previsão de conclusão para julho de 2024, a fim de atender clientes industriais, comerciais e residenciais na região.
Segundo a empresa, os processos de construção e ampliação de rede da companhia são feitos com a utilização de métodos não destrutivos para implantar tubulações subterrâneas de gás natural encanado. O procedimento consiste na abertura de pequenas valas, pelas quais passam as ferramentas de perfuração, resultando em menores impactos e incômodos à população.
Disse ainda que o gás natural tem inúmeros benefícios. “Além de ser mais seguro, pois é mais leve que o ar, ele se dissipa com facilidade em caso de vazamento, não requer estocagem e a cobrança do uso é feita de acordo com o consumo. O uso do gás natural gera impactos positivos no meio ambiente e na mobilidade urbana, por emitir menos gases poluentes na atmosfera e dispensar o uso de caminhões para entrega”, afirmou a nota.
Atualmente, a Comgás conta com mais de 21 mil quilômetros de rede que atende quase 100 municípios, abastecendo os segmentos industrial, comercial, residencial e automotivo, além de viabilizar projetos de cogeração e disponibilizar gás para usinas de termogeração. São 2,3 milhões de clientes atendidos pela companhia em sua área de concessão no Estado de São Paulo, que compreende a Região Metropolitana de São Paulo, a Região Administrativa de Campinas, a Baixada Santista e o Vale do Paraíba.
Empresário vê com otimismo a chegada do gás natural
O empresário Libânio Coracini Filho vê com otimismo a chegada do gás natural em Vargem Grande do Sul. Com relação à produção da cerâmica vermelha, ele disse que no momento é muito caro, que ele é mais utilizado nas indústrias cerâmicas de piso. “Mas para a cidade é ótimo, pois possibilita a vinda de empresas que são intensivas em consumo de gás. São empresas boas, grandes, com ótimo faturamento”, comentou.
Libaninho disse que inclusive pode-se pensar em um ramal onde for passar o gasoduto e fazer um distrito industrial com uso do gás. Teria a prefeitura de fazer todo um trabalho para atrair estas indústrias, prospectando empresas que utilizam este produto um distrito industrial abastecido com gás”, explicou o industrial que também atua no ramo cerâmico.
Também para o presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) Marcelo Terra, que é ceramista, no atual momento o gás natural não é viável economicamente para quem produz produtos de cerâmica vermelha, que é o caso das cerâmicas locais. “Mas vamos ver a que preço chegará o gás aqui em Vargem, quanto custará o metro cúbico e só então poderemos avaliar sua aplicação nas nossas indústrias cerâmicas”, afirmou Marcelo Terra.
Fotos: Reportagem