Uma mulher de 30 anos foi agredida pelo ex-marido, de 42 anos, um conhecido empresário que comercializa bicicletas na cidade, sendo o mesmo preso em flagrante pela Polícia Civil de Vargem Grande do Sul. A agressão aconteceu no local de trabalho da vítima na última sexta-feira, dia 26, por volta das 13h30. Um vídeo sobre o caso está circulando nas redes sociais, causando indignação à população.
À Gazeta de Vargem Grande, o delegado de Polícia Civil Antônio Carlos Pereira Júnior informou que o agressor, acompanhado da irmã, foi ao local de trabalho da vítima com a justificativa de que iria conversar com ela sobre o pagamento de pensão alimentícia do filho do casal.
Chegando no local, segundo o delegado, os três começaram a discutir, até que o agressor passou a agredir a ex-companheira com murros e chutes de forma violenta. Inicialmente, o ex-marido também teve a ajuda de sua irmã. A vítima não esboçou qualquer reação contra os dois agressores.
Após, o acusado saiu do local com o veículo de sua irmã, tomando rumo ignorado. Os fatos foram comunicados à Delegacia de Polícia Civil e o delegado, junto com os policiais civis Diego, Roberto, Felipe e Tiago, saíram à procura do agressor visando sua prisão em flagrante pelo crime de lesão corporal e violência doméstica.
Somente no final da tarde os policiais conseguiram prender o empresário, que estava escondido em uma propriedade rural localizada na estrada que liga Vargem a São Roque da Fartura.
Ao ser preso, ele confessou o crime de agressão, dizendo que havia perdido a cabeça devido a cobrança do pagamento da pensão de seu filho. Diante das declarações da vítima e testemunhas, além das imagens das agressões captadas por câmeras no local de trabalho da vítima, o agressor foi autuado em flagrante delito por crime de lesão corporal e violência doméstica.
Embora o crime praticado fosse afiançável, a autoridade policial não concedeu a fiança, visando salvaguardar a integridade física e a vida da vítima. O agressor foi encaminhado para a cadeia pública de São João da Boa Vista.
No dia seguinte, no sábado, dia 27, após audiência de custódia, o agressor foi colocado em liberdade provisória com a aplicação de medidas cautelares e protetivas, impedindo, principalmente, que o mesmo se aproxime da vítima, de sua residência, de seu local de trabalho, de seus familiares e das testemunhas.
O delegado ressaltou que a pena para o crime praticado é de reclusão de um a quatro anos e que a irmã do agressor também será processada pelo crime de lesão corporal. Ele deve ser enquadrado na Lei Maria da Penha, que estabelece que “todo o caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, deve ser apurado através de inquérito policial e ser remetido ao Ministério Público. Esses crimes são julgados nos Juizados Especializados de Violência Doméstica contra a Mulher”.