A documentarista Fernanda Ligabue comentou sobre sua passagem pelo Teatro Oficina do teatrólogo José Celso Martinez Corrêa, falecido recentemente no dia 6 de julho, aos 86 anos. Criador do Teatro Oficina Uzyna Uzona, no Bairro do Bixiga em São Paulo, Zé Celso, como era conhecido, foi diretor, autor e ator, se destacando pelas suas experiências junto à contracultura no Brasil.
No seu relato publicado no Instagram, Fernanda diz que a primeira vez que foi ao Teatro Oficina em 2011, estava passando por uma fase difícil em sua vida, “Fazia pouco tempo que vivia em SP, estava muito deprimida. Dei um google em macumba (rs) e achei “Macumba Antropófoga” a peça que estava sendo encenada no Oficina do lado de casa.
Peguei minha câmera e fui pra peça. No primeiro dia já fui ‘engulida’, nunca tinha visto nada igual, tão revolucionário, tão bonito e tão louco ao vivo na minha vida!”, afirmou.
A partir deste dia, a documentarista disse que passou a fazer parte da equipe de vídeo que frequentava o Teatro Oficina. “Que revolução que foi em mim fazer parte desse coro maravilhoso de gentes absurdas que é o Oficina!”, comentou Fernanda.
Na homenagem que presta ao dramaturgo, a vargengrandense diz: “Zé será sempre parte de tudo que acredito ser mais incrível nesses milhares de Brasis!! Que foda, que transa, que lindo que é o teatro brasileiro! O Oficina me curou de muita coisa nessa vida e me ensinou um jeito intenso e maluco de viver a arte! Viva todo mundo que atravessou e se deixou atravessar pelo Oficina nesses anos! Que privilégio o nosso acompanhar esses anos todos desse terreiro das artes no Bixiga! Evoé Zé!”.
Outra vargengrandense que teve passagem pelo Teatro Oficina e também comentou sobre o falecimento de Zé Celso no Instagram, foi a cineasta Lilla Halla que atuou no Teatro Oficina na época da encenação da peça “Os Sertões” baseada no livro homônimo de Euclides da Cunha.
