Mais que dinheiro, falta esclarecimento

Não basta o vereador bater no peito e falar em alto e bom som para todos ouvirem que “eu compro o soro contra picada de escorpião e coloco no hospital”, ao questionar que o Hospital de Caridade de Vargem Grande do Sul não possui o soro antiescorpiônico, como aconteceu esta semana na Câmara Municipal, onde a questão de uma criança picada pelo animal foi debatida.
É preciso que os nobres edis tenham conhecimento da situação, antes de fazer proselitismo e populismo, sem ter o devido esclarecimento do que de fato ocorre com relação à não aplicação do soro no Hospital de Caridade.
Fosse um pouco mais informado, se buscasse um pouco mais de esclarecimento, para tanto bastasse ir até o Hospital ou dar uma pesquisada na internet, para o vereador perceber que não basta ter o dinheiro, pois o soro não está à venda, é uma questão de saúde do Estado.
São soros fornecidos pelo Instituto Butantan, sendo que o número de unidades de saúde em que o soro fica disponível é estabelecido conforme especificações do Ministério da Saúde. Conforme essas especificações, é compatível para o número de habitantes de cada cidade ou região.
De acordo com a Secretaria da Saúde os pontos estratégicos do soro antiescorpiônico são definidos a partir de estudos clínicos e demandas de cada região, além da distância de até 40 minutos entre o ponto de atendimento inicial e o ponto estratégico especializado.
Portanto, não se compra o soro antiescorpiônico em qualquer farmácia da esquina, mesmo tendo o dinheiro na mão. Melhor faria o vereador se cobrasse das autoridades municipais responsáveis, maiores cuidados com o trabalho de combate à proliferação dos escorpiões na cidade e a devida conscientização da população quanto ao perigo e como agir quando se é picado pelo escorpião.

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