Tragédia em Suzano: educadores comentam abordagem com alunos

Ao todo 11 pessoas, incluindo os atiradores, foram mortos na tragédia. Foto: TV Globo

A tragédia em Suzano, na última quarta-feira, dia 13, quando dois jovens entraram armados na Escola Estadual Raul Brasil, atirando nas pessoas e matando cinco alunos, duas funcionárias, além do proprietário de uma loja próxima ao local, que era tio de um dos assassinos, gerou comoção em todo país. Os autores, que também morreram, eram ex-alunos da escola.

Durante o atentado, professores e funcionários da escola se trancaram em salas com os estudantes para proteger o maior número de pessoas possível. Alguns jovens fugiram pelo portão de entrada da escola, o que chamou a atenção de policiais que atendiam o chamado do assassinato na loja próxima ao local.

Os assassinos, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, eram ex-alunos do colégio e após os tiros, segundo a investigação da Polícia Militar (PM), ao se deparar com o grupo de policiais, Guilherme atirou em Henrique e, em seguida, se suicidou.

Diante de uma tragédia como esta, que abalou o país e gerou ampla discussão sobre a questão de posse e acesso a armas, bullying e violência nas escolas. Assim, a Gazeta de Vargem Grande entrou em contato com escolas do município para saber como este assunto pode ser tratado nas unidades de ensino e a necessidade de debater o tema com os jovens.

Segundo o coordenador pedagógico da E.E Professor Achiles Rodrigues, Leandro Bento, a equipe da escola se solidariza com a família das vítimas da escola que sofreu o atentado. “Diante de toda a repercussão negativa da tragédia ocorrida e, sobretudo conscientes de nosso papel enquanto educadores, em nossos discursos junto aos alunos tratamos esse acontecimento como um fato isolado e continuamos assim a desenvolver o nosso trabalho para promover a cultura da paz em nossa escola, através de nossas ações e projetos de valorização do aluno e da família, alicerce para uma vida plena e saudável”, disse. “E ainda como forma de tranquilizar a todos e apesar de toda a dificuldade de recursos para equipar nossa escola com condições de segurança adequadas, o acesso a parte interna de nossa escola têm permanecido trancado na maior parte do dia. Clamamos juntos por mais segurança em nossas escolas. A dor de Suzano é a nossa dor”, completou Leandro.

De acordo com a vice-diretora da E.E. Benjamin Bastos, Marli Guilhermoni Passarella, na escola não foi percebido nenhuma mudança no dia a dia em função do acontecido. “É algo que até estranhamos, mas pelo o que estamos analisando, as crianças ficaram mais na deles, sem absorver o acontecido de maneira negativa, então não tivemos nenhuma reação que chocasse. Acho que isso se deve aos projetos realizados rotineiramente nesse ambiente escolar, onde trabalhamos bullying e empatia, para que as crianças se coloquem no lugar uma das outras, algo que vem amenizando certos tipos de comportamentos, como brigas, por exemplo, que são casos extremamente isolados”, comentou a vice-diretora. “Estamos marcando uma reunião com todos os professores e colaboradores da escola para desenvolver novos trabalhos, pois assim eles nos dão um retorno do que foi analisado entre os alunos até o momento, para que o caso seja trabalhado da melhor maneira na instituição”, completou Marli.

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