A palavra do ano

Corrupção. Esta foi a palavra do ano, segundo 37% dos brasileiros ouvidos pela Cause, consultoria especializada na identificação e gestão de causas, em parceria com o Instituto Ideia Big Data. De acordo com o publicado pela revista Veja, em seguida, aparecem as palavras vergonha (26%), crise (18%), tenso (10%) e mudança (9%).

A escolha da palavra do ano é uma tradição desde 1970. Nos Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo, o dicionário Oxford é uma das instituições que escolhe a vencedora. Há alguns dias, o dicionário Collins apontou que nos Estados Unidos, a palavra do ano foi “Fake News”.

Apesar de se tratar de duas palavras, a expressão tem sido largamente empregada e se refere a “notícias falsas”. O termo ganhará um espaço nas páginas do dicionário em sua próxima edição. O Collins definiu “fake news” como “informações falsas, muitas vezes sensacionalistas, disseminadas como se fossem notícias”. Tanto a corrupção, quanto o “fake news” mostram bem como foi 2017 no Brasil e no mundo.

A crise da classe política nacional, que corre atrás de seus cacos por conta das investigações da operação Lava-Jato mostra como a corrupção está tão entranhada na sociedade brasileira. Bastou puxar um fio que todo um novelo de crimes, usurpação de dinheiro público e farra de poderes começou a ser desvelado. Assim, não é de se espantar a escolha desta palavra para definir 2017.

A questão do fake news também é uma preocupação mundial. A disseminação de notícias falsas, especialmente pela Internet em redes sociais, grupos de Whatsapp, entre outros é um fenômeno extremamente preocupante. Tanto que o governo Alemão tem adotado medidas contra grupos empresariais de mídia que não adotam sistemas de controle de notícias falsas. Uma das ações é multar redes sociais que não impeçam a publicação de conteúdo falso ou de ódio.

A ação da fake news teve impacto importante e foi muito empregada especialmente na eleição deste ano nos Estados Unidos, que levou o empresário Donald Trump à presidência. O membro do Partido Republicano constantemente acusava a imprensa de promover fake news contra ele. A sua adversária Hillary Clinton também foi alvo de notícias falsas.

Reconhecer o que a escolha dessas palavras representa é o desafio para que a sociedade consiga superar esse período tão conturbado que o país e o resto do mundo atravessa. E quem sabe num futuro breve, a palavra do ano seja “respeito”.

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