No dia de Natal, os grandes Papais Noeis são aqueles trabalhadores que atuam para podermos gozar horas agradáveis com nossos parentes e amigos.
Geralmente aproveitamos o Natal para confraternizar e trocar presentes, mas raramente nos lembramos que há muitos trabalhadores em atividade para suporte de nossa felicidade.
Recordamo-nos com saudade daqueles dias de nossa infância e adolescência, quando ajudávamos a controlar e entregar os assados na Padaria e Confeitaria Candinho.
Na véspera, juntamente com o “Tio Zeloca” (primeiro e melhor chefe que tivemos), recebíamos as leitoas, perus, frangos, etc., que eram cadastrados e colocados em assadeiras próprias, identificadas por chapinhas numeradas, e colocadas na ordem para que fossem assadas pelo “Grande e Incansável Maércio”, no dia de Natal.
No dia do nascimento de Cristo, seguíamos o exemplo dos avós “Zé Candinho” e da Dona Adalgisa e levantávamos cedo para ajudar a atender a freguesia.
Ao lado do amigo Maércio, esperávamos apreensivos, na “boca do forno” o tempo necessário para o término do processo de assadura da primeira fornada.
Que alegria quando o Maércio liberava a primeira assadeira e a colocava no tabuleiro, no qual ajudávamos a transportar os assados, para em seguida identificar o proprietário e acomodar os quitutes nas vasilhas deixadas na véspera.
Tudo feito com muito amor e competência!
Hoje ocupantes de cargos em destaque, sentimos saudades daquele momento mágico em que ajudávamos a fazer outras pessoas felizes.
Para finalizar, como diz o poeta:
“Hoje a barriga burguesa chora de saudade!”
Mario Poggio
