Pela melhoria do debate

Engessada pelo seu protocolo e seus ritos oficiais, a Câmara de Vargem Grande do Sul tem priorizado a burocracia e deixando de lado uma das principais características de um parlamento, o debate. Com tantos requerimentos, indicações, moções, projetos de lei a serem aprovados, as sessões ficam sem tempo suficiente justamente para debater essas iniciativas.
Atualmente, a Câmara vargengrandense é composta por 13 vereadores dos mais diferentes segmentos de atuação profissional, moradores dos mais variados pontos do município, seguidores de correntes ideológico-partidárias distintas, professando fé em religiões diferentes uns dos outros, com rendas de diferentes níveis e idades bem variadas. Ou seja, o Legislativo de Vargem é formado por uma variedade de personalidades que só enriquece o debate, oferecendo visões bastante distintas para cada problema da cidade.
Porém, ao invés de se aproveitar esse rico potencial, a Câmara de Vargem se vê cada vez mais amarrada às formalidades e a oportunidade de discussão de temas importantes para os munícipes fica limitada a poucos minutos.
Num passado recente, dois vereadores buscaram alternativas para ampliar a possibilidade do debate na Casa. Na Legislatura anterior, Marco Cavalheiro propôs aumentar o número de sessões mensais, que hoje ocorrem às primeiras e terceiras segundas-feiras do mês. Já no ano passado, Canarinho apresentou uma propositura para redividir o tempo da sessão, aumentando o espaço destinado às discussões.
As duas propostas não vingaram. Mas é preciso encontrar uma saída que privilegie o debate e a troca de ideias. Afinal, são 13 pessoas com capacidade de pensar a cidade dos mais variados pontos de vista e oferecer contribuições valiosas para Vargem. Pelo menos é o que se espera de pessoas que receberam os valiosos votos da população para estarem ali.

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