O vereador Wilsinho Fermoselli (DEM) por meio de requerimento aprovado por unanimidade na Câmara, voltou a cobrar do Executivo uma posição sobre castrações de animais em Vargem Grande do Sul, que foram suspensas em 2016. O prefeito foi questionado por Wilsinho a respeito da possibilidade da retomada das campanhas de castração de cães e gatos na cidade.
No requerimento, consta as respostas que o prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) deu a respeito dos ofícios emitidos no ano passado a pedido do vereador. Neles, Amarildo relata que não há mais castração na cidade por conta da interdição da sala de atendimento veterinário “Antônio Bortoloto” pela Vigilância Sanitária, pois a sala não possuía estrutura para a realização de determinados procedimentos, como castrações, além de citar a falta de recursos financeiros.
Na antiga clínica, em 2015 houveram 224 atendimentos e 138 castrações; em 2016 foram 294 atendimentos e 63 castrações e em 2017 foram 139 atendimentos no período de 23 de janeiro a 27 de abril.
Prefeitura
A prefeitura informou à Gazeta de Vargem Grande que planeja realizar 500 castrações este ano, priorizando os animais de rua.
Focinho Geladinho
Procurados pela Gazeta de Vargem Grande, voluntários do projeto Focinho Geladinho falaram a respeito dos animais que estão sob os seus cuidados. Atualmente cerca de 40 animais são atendidos pela iniciativa. De acordo com os voluntários, a principal meta do projeto é promover a adoção desses bicinhos.
Os voluntários falaram também que todos os animais que passam por eles deveriam ser castrados, porém, os recursos permitem que apenas animais em risco passem pelo procedimento.
O grupo ressaltou a importância da castração, que evita ninhadas indesejadas; reduz o número de animais que vivem nas ruas; aumenta a perspectiva de vida do animal; torna o animal mais saudável, reduzindo as chances do aparecimento de tumores e infecções nos órgãos reprodutivos (útero, testículos e mama); aumento da próstata, no caso dos machos; evita a transmissão de doenças geneticamente transmissíveis entre eles; diminuição da agressividade do animal, sem perder a vivacidade.
Lembraram que quando o macho é castrado dentro do seu primeiro ano de vida, ele não irá demarcar território através da urina, passando a não urinar pela casa toda; o animal passa a ser mais caseiro, evitando que o mesmo seja atropelado, envenenado ou que se envolva em brigas com outros animais.
A melhor forma de ajudar o Focinho Geladinho e os animais que estão sob seus cuidados é participando das ações de levantamento de recursos promovidas pelos voluntários e participando das campanhas de adoção de animais.
O projeto ainda trabalha na arrecadação de rações, vacinas, vermífugo, verba para pagar as contas nos veterinários e lares temporários para os animais. Quem quiser colaborar, pode procurar a página do Focinho Geladinho no Facebook.
Aama
Evânia Coracini, da Associação dos Amigos dos Animais, lembrou que a entidade dá suporte a dezenas de animais, que estão sob seus cuidados na chácara que a prefeitura mantém para este trabalho. Atualmente, todos os bichinhos abrigados já estão castrados.
No entanto, Evânia lembrou que a Aama atende muitos animais pela cidade, que estão apadrinhados por voluntários. São esses cães e gatos que precisam de castração. A entidade tem recorrido ao sistema de apadrinhamento para atender a demanda. Ainda assim, o trabalho é muito dispendioso e a Aama precisa constantemente levantar recursos para cobrir as contas.
Assim, a Aama pede a doação de sacos de ração, medicamentos e doação de peças de roupas e utensílios que são vendidas do bazar mantidos pela entidade à rua do Rosário.