
Os caminhoneiros decidiram manter a paralisação nas rodovias de Vargem grande do Sul e região.
Nesta manhã, o grupo estava iniciando o movimento, que deverá contar com a adesão de motoristas que trafegam pela rodovia SP-215.
Na noite da quinta-feira, dia 25, representantes do governo federal anunciaram terem entrado em acordo com as lideranças nacionais do movimento e anunciaram que os manifestantes teriam concordado em suspender as paralisações por 15 dias.
O acordo foi assinado por algumas entidades representativas, incluindo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). Outros grupos, como a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) e a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) rejeitaram a proposta. A CNTA disse que levará a proposta aos motoristas, para apreciação.
Mas o acordo não foi unanimidade entre os líderes da mobilização e em muitos pontos do país, como na região, o movimento de paralisação continua.
Reivindicações
A principal exigência é a queda no preço do óleo diesel: segundo os representantes dos transportadores, o custo atual do óleo torna inviável o transporte de mercadorias no país. Para reduzir o preço do diesel, as entidades querem que o governo estabeleça uma regra para os reajustes do produto – hoje, os preços flutuam de acordo com o valor do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar.
Querem também o fim das alíquotas de Programa de Intervenção Social (PIS) e de Contribuição para o Orçamento da Seguridade Social (Cofins), assim como a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para transportadores autônomos.
A categoria reivindica também a isenção do pagamento de pedágio dos eixos que estiverem suspensos e a aprovação do projeto de lei 528 de 2015, que cria a política de preços mínimos para o frete, e a criação de um marco regulatório para os caminhoneiros.
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